Programação completa do evento de abertura da 2ª fase SNE

Dia 24 de novembro, quarta-feira

  • 11:00 – 12:00

Abertura e Lançamento da Coleção SNE 2

Min. Luis Roberto Barroso

Min. Luiz Edson Fachin

Min. Carlos Horbach

Dr. Paulo Gustavo Gonet Branco 

Dra. Margarete Coelho

Profa. Dra. Renísia Cristina Garcia Filice

Profa. Polianna Pereira dos Santos

 

  • 14:00 – 15:30

Mesa 1 - Candidaturas Coletivas: desafios para o exercício dos mandatos e acompanhamento pelos eleitores

Curadoria: ABCP

Débora Thomé (UFF) e Luciana Santana (UFAL)

As candidaturas coletivas são uma experiência recente no processo eleitoral brasileiro, formatadas especialmente a partir das eleições 2016 como estratégia para a inclusão de grupos marginalizados na política, uma vez que convergem votos para determinadas campanhas que agregam diversos nomes com preferências convergentes. A dinâmica das candidaturas coletivas carece de regulamentação legal e oferece desafios às pessoas candidatas, para o acompanhamento de eleitoras e eleitores, e também para o exercício coletivo dos mandatos. O desenho da democracia representativa ocidental é fundamentado na autonomia do indivíduo como pressuposto liberal e, com esse pressuposto, foram historicamente montados a estrutura partidária, o sistema de votação, o desenvolvimento das campanhas e o exercício dos mandatos. As candidaturas coletivas, instituição informal que nasce como forma de tentar contornar outros processos informais que limitam grupos minorizados na política, problematizam esse pressuposto e impõem o desenvolvimento de soluções inovadoras, que sejam capazes de dar mais qualidade à democracia.

Coordenadora: Lara Marina

Mestra em Direito pela UFMG. Coordenadora do Eixo VIII do SNE: Participação Política de Grupos Minorizados. Assessora da Presidência do TSE. Especialista em Temas Filosóficos pela UFMG. Coordenadora Institucional da ABRADEP - Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político. Integrante da Associação Visibilidade Feminina.

Partidos Políticos: Bárbara Lopes Campos

Doutora em Ciência Política (DCP/UFMG). Mestre em Relações Internacionais (PPGRI/PUC Minas). Professora de Relações Internacionais (PUC Minas/PPC). Pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (NEPEM/UFMG).

Contencioso Eleitoral: Edilene Lobo

Doutora, mestra em direito, advogada e professora do PPGD da Universidade de Itaúna. Membra Fundadora do Observatório Mundo em Rede CYBERLEVIATHAN. Membra da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político – ABRADEP.

Financiamento: Nailah Neves Veleci

Cientista política e doutoranda de Sociologia pela UnB.  Pesquisadora do Maré - Núcleo de Estudos Jurídicos e Atlântico Negro, Embaixadora da Juventude UNODC, Fellow do ID_BR - Instituto Identidades do Brasil e Coordenadora de Pesquisa da Ong Elas no Poder. 

Participação de grupos minorizados: Jaqueline Gomes de Jesus

Professora de Psicologia do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/FIOCRUZ). Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino de História (UFRRJ). Doutora em Psicologia Social do Trabalho e das Organizações (UnB), com pós-doutorado pela Escola Superior de Ciências Sociais (CPDOC/FGV).

Comparativo com a Reforma Eleitoral aprovada: Marcelo Weick

Advogado. Professor de Direito Processual da UFPB. Mestre em Direito (UFRN - Processo Constitucional). Doutor pela UERJ. Pós-doutorado pela Universidade de Santiago de Compostela em Direito Público. Ex-Coordenador Geral da ABRADEP - Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político.

  • 15:40 – 17:20

Mesa 2 - Contas partidárias: controle, transparência e ações afirmativas

Curadoria: ANPOCS e ABCP

Lara Mesquita (FGV-SP)

O financiamento partidário brasileiro, atualmente misto, mas predominantemente público, traz intrinsicamente a essa caracterização de investimento maciço estatal a possibilidade concreta de viabilizar a participação política dos mais variados segmentos da sociedade. Ainda que a democracia não tenha preço, seu financiamento tem e as condições para a consolidação e estabilidade das democracias não prescindem da discussão sobre acesso e alocação de recursos pelos partidos. O recebimento e a utilização dos recursos que financiam partidos políticos precisam contemplar mecanismos efetivos de transparência e controle social, garantindo bases financeiras minimamente equilibradas entre partidos e candidatos, viabilizando dentro dessas estruturas a participação ampla de todos os segmentos sociais, notadamente aqueles notoriamente excluídos: população negra e população feminina. A inversão da concentração sobre a decisão de alocação de recursos nas cúpulas partidárias e os Match Funds (emparelhamento de doações) podem ser importantes instrumentos para aumentar a influência da sociedade na alocação dos recursos e garantir maior acesso aos recursos a esses grupos reiteradamente excluídos.

 

Coordenadora: Denise Goulart Schlickmann

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestra em Direito pela UFSC. Bacharel em Ciências Econômicas, Ciências Contábeis e Direito, pela UFSC. Pós-graduada em Auditoria Governamental pela FEPESE/UFSC, e em Direito Eleitoral pela UNIVALI. Membro do Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral. Secretária de Controle Interno e Auditoria do TRE/SC.

Partidos Políticos: Silvana Krause

Mestrado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1991) e doutorado em Ciência Política - Katholische Universität Eichstätt/ Ingolstadt- Alemanha (2003). Professora associada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Partidos Políticos e Estudos Eleitorais. Pesquisa principalmente os seguintes temas: partidos e novos partidos, coligações eleitorais, financiamento partidário, comportamento eleitoral e estratégias de campanha. Membro do Conselho do "Düsseldorf Party Reserach Institute (Henirich-Heine Universität Düsseldorf).

Accountability e Controle Social: Drica Guzzi

Graduada em Engenharia de Alimentos pela Unicamp, mestra e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP  tendo como foco de pesquisa a apropriação dos meios de comunicação e as novas práticas políticas em Rede. Co- fundadora do Vote Nelas e da  plataforma 72horas.org. Mais de 18 anos como pesquisadora do Núcleo de Pesquisa das Novas Tecnologias de Comunicação Aplicadas à Educação - Escola do Futuro da USP. Sócia fundadora da ZeitGeist Consultoria em Redes Sociais (2008)

Política afirmativa para mulheres e pessoas negras: Lorena Silva Santos

Professora de Direito Constitucional e de Direitos Humanos do Centro de Ensino Superior do Extremo Sul da Bahia - CESESB. Advogada de Direitos Humanos. Doutoranda em Direito - UnB. Mestra em Direitos Humanos - UFPE. Especialista em Direito do Estado - UFBA.  Compõe a Associação Brasileira de Pesquisadoras/es negras/os - ABPN. Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Direito - GEPED/CESESB. Pesquisadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Políticas Públicas, História, Educação das Relações Étnico-Raciais e de Gênero - GEPPHERG/UnB e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros - NEAB/UnB.

Controle, transparência e proteção de dados: Luiza César Portela

Advogada. Mestranda em Direito do Estado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Pós-Graduada em Direito Processual Civil pela Faculdade Cesusc. Graduada em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Graduada em Administração Empresarial pela UDESC/ESAG. Pesquisadora do Núcleo de Investigações Constitucionais da Universidade Federal do Paraná.

Comparativo com a Reforma Eleitoral aprovada: Ana Claudia Santano

Doutora e mestra em Ciências Jurídicas e Políticas, Universidad de Salamanca, Espanha. Estancia Pós-doutoral em Direito Constitucional, Universidad Externado, Colômbia. Coordenadora-geral da Transparência Eleitoral Brasil. Professora de Direito Constitucional, Eleitoral, Parlamentário e Direitos Humanos em diversas instituições no Brasil e na América Latina.

 

  • 17h30 – 19:00

Mesa 3 - Democratização do financiamento: papel da Justiça Eleitoral e controle social

Curadoria: ABRADEP e ENFAM

Thiago Tristão (TJRS) e Sabrina Braga (TRE/MG)

O tema do financiamento eleitoral pode ser dividido em três momentos, conforme se movimentam os recursos no sistema: a entrada – afetada pela regulação das doações; a distribuição e a prestação de contas – onde se impõem questões de transparência, tempestividade etc. A Justiça Eleitoral atua em todas as fases, de acordo com a legislação eleitoral, e tem direcionado esforços para ampliação e especialização do corpo técnico e para o aperfeiçoamento dos sistemas de prestação e contas, com o fim de permitir e facilitar o controle social. A adoção dos fundos públicos para financiamento de campanha criou a oportunidade para estipulação de regras para a distribuição de recursos, que beneficiaram alguns grupos minorizados por meio da canalização de financiamento para suas candidaturas. À Justiça Eleitoral cabe a fiscalização da distribuição desses recursos e de sua efetiva aplicação, nos termos da lei. É, portanto, premente considerar as realidades concretas sobre as quais incidem as normas do direito eleitoral para a democratização dos recursos eleitorais.

Coordenador(a):Ministro Carlos Horbach

Ministro do Tribunal Superior Eleitoral. Professor Doutor de Direito Constitucional da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo – USP. Graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996), mestrado em Direito do Estado e Teoria do Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001) e doutorado em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo (2004).

Grupos minorizados: Lívia Sant'Anna

Promotora de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia. Doutoranda em Ciências Jurídico-Políticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Nomeada uma das 100 pessoas de descendência africana mais influentes do mundo, na edição Lei & Justiça (Most Influential People of African Descent – Law & Justice Edition). 

Bancas de heteroidentificação: Cleber Santos Vieira

Possui Graduação (1997) e Mestrado (2001) em História pela UNESP/Franca; Doutorado em Educação (2008) pela USP. Professor Adjunto do Departamento de Educação da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da UNIFESP. Docente do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de História e do Programa de Pós-Graduação em Educação e Saúde na Infância e na Adolescência da UNIFESP. Membro do NEAB-Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Unifesp. Foi Coordenador do Consórcio Nacional de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros, Indígenas e Grupos Correlatos CONNEABs (2018-2020). É presidente da ABPN.

Efeitos não antecipados: Bruno Pinheiro Wanderley Reis

Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (1987), com mestrado (1990) e doutorado (1997) em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro – IUPERJ. Diretor (mandato 2019-2023) da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, lotado em seu Departamento de Ciência Política desde 1994. Com bolsa da Capes, cumpriu estágio sênior na University of Pennsylvania (2014-2015). Foi secretário adjunto da Associação Brasileira de Ciência Política (2010-2012), integrou as diretorias da mesma ABCP (2008-2010) e da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (2013-2014), bem como o Comitê Acadêmico da mesma ANPOCS (2016-2018)

Transparência de contas: Marilda de Paula Silveira

Mestre e doutora pela UFMG. Professora do IDP. Coordenadora da Transparência Eleitoral. Pesquisadora do LiderA e Advogada. 

Comparativo com a Reforma Eleitoral aprovada: Luciana Nepomuceno

Conselheira Federal Titular da OAB, integrante da delegação de Minas Gerais; Mestre em Direito PUC- MG; Especialista em Direito Público; Professora da PUC-MG; Membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político; Membro do Instituto dos Advogados do Brasil; Membro doInstituto Brasileiro de Direito Processual; Juíza efetiva do TRE-MG biênio 2010-2012; Advogada sócia do escritório “Nepomuceno Silva Advogados Associados”

Dia 25 de novembro, quinta-feira

  • 14:00 - 15:30

Mesa 4 - Desinformação, propaganda eleitoral e acessibilidade

Curadoria: ABCP

Luciana Veiga (Unirio) 

A desordem da informação é um dos desafios das eleições brasileiras de 2022. Por um lado, a desinformação - com notícias falsas e ou enganosas – alcança cada vez mais capilaridade na sociedade através da tecnologia. Com certa recorrência, pautada por afetividades negativas como ódio ou ressentimentos, parte dela incentiva estigmas e promove a exclusão de grupos políticos sub representados. Por outro lado, a propaganda política divulgada em horário eleitoral tem demonstrado dificuldades de aumentar o seu alcance e também de promover a inclusão com a disseminação de mensagens que tragam os valores e os interesses dos grupos políticos sub representados. Para que se estimule o exercício da cidadania urge ainda garantir o acesso efetivo à informação e à participação de grupos minoritários como os indígenas que trazem o desafio de sua língua, com seus diversos dialetos, assim como de portadores de deficiências.

 Coordenador: Alexandre Basílio Coura

Mestrando em Ciência Política pela Universidade de Lisboa. Bacharel em Direito e em Ciência Política.  Tem especialização em Direito Digital, Direito Eleitoral, Gestão de Riscos e Cibersegurança. É professor de Direito Eleitoral e Direito Digital em várias pós-graduações brasileiras. É membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político - ABRADEP. Servidor Público Federal

Desinformação em contextos eleitorais: Bruno Camilotto Arantes

Professor de Direito da UFOP. Doutor em Direito pela PUC-MG. Mestre em Direito pela UFMG. Pesquisador vinculado à Associação Serras de Minas e à Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) (ABPN).

Função social da língua indígena: Aparecida Zuin

Coordenadora do Mestrado Acadêmico em Educação; Docente do Mestrado Profissional Interdisciplinar em Direitos Humanos e Desenvolvimento da Justiça e do curso de Direito, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). É doutora e mestra em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, com pós-Doutorado em Direito da Cidade (UERJ) e Estudos Culturais (UFRJ).

Acessibilidade ampla para eleitorado e candidaturas: Joelson Costa Dias

Advogado Ex-Ministro Substituto do Tribunal Superior Eleitoral Mestre em Direito pela Universidade de Harvard Presidente da Comissão Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Conselho Federal da OAB Membro fundador da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP) Foi Secretário do Conselho de Colégios e Ordens de Advogados do Mercosul (COADEM) Ex-Secretário da Comissão Nacional de Relações Internacionais do Conselho Federal da OAB.

Como as eleições impactam a internet: Diogo Rais

Advogado e Cofundador do Instituto Liberdade Digital. Colunista exclusivo na área eleitoral para o jornal Valor Econômico durante as eleições de 2016 e de 2020, e da Folha de S. Paulo para as eleições de 2018. Professor de Direito Eleitoral e Direito Digital da graduação e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito Político e Econômico da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Membro da Academia de Direito Eleitoral e Político – ABRADEP.

Comparativo com a Reforma Eleitoral aprovada: Júlia Rocha de Barcelos

Assessora da Presidência no Tribunal Superior Eleitoral. Mestre em Direito Político pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Especialista em Direito Constitucional pelo Instituto para o Desenvolvimento Democrático (IDDE) em parceria com o Ius Gentium Conimbrigae/Centro de Direitos Humanos e com a Faculdade Arnaldo. Bacharela em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Co-fundadora e Vice-Presidenta da Associação Visibilidade Feminina. Membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP). 

  • 15:40 – 17:10

Mesa 5 - Violência política

Curadoria: ABCP

Marlise Matos (UFMG) 

A violência política tem se tornado um fenômeno crescente da vida política no Brasil. Não se trata, por certo de um fenômeno novo, mas que tem recebido, recentemente, mais atenção das autoridades competentes: seja do Estado, da sociedade civil organizada e mesmo das entidades profissionais e de ensino e pesquisa. O conceito de violência política não se encontra ainda pacificado entre nós, mas podemos entendê-la como todas as formas de agressão física, psicológica, econômica, simbólica ou sexual contra candidatos(as), eleitos(as) ou quaisquer lideranças políticas, com a finalidade de impedir ou restringir o acesso e exercício de funções públicas e/ou induzi-la a tomar decisões contrárias à sua vontade. Inclui-se nesta concepção a violência política quer vem sendo exercida contra as mulheres, como é o caso das eleitas, das candidatas aos cargos eletivos, das ocupantes de cargos públicos, das dirigentes de conselhos de classe, de empresas estatais e das entidades de representação política. Recentemente, o Congresso sancionou a Lei 14.192/21, que estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher durante as eleições e no exercício de direitos políticos e de funções públicas. Trata-se ainda de um fenômeno que traz inúmeras consequências negativas à democracia e pode afastar dela outros grupos e pessoas que são importantes para fazer avançar os direitos políticos e as pautas de maior interesse da população. Para além das mulheres, as pessoas negras, pessoas trans etc. têm sido alvos dessa violência nos espaços políticos e uma de suas causas, por certo, é a continuada sub-representação desses grupos nos parlamentos brasileiros.

Coordenador(a): Luiz Carlos Gonçalves

Procurador Regional da República da 3a. Região. Procurador Auxiliar da Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo. Mestre e Doutor em Direito do Estado pela PUC-SP. Autor do livro "Ações Eleitorais contra o registro, diploma e mandato", Ed. Publique, São Paulo, SP, 2021.

Violência política de Gênero: Silvana Batini

Procuradora Regional da República, Doutora em Direito pela PUC/RJ; Professora da FGV Direito Rio

Criminalização: Eugênia Nogueira do Rêgo Monteiro Villa

Doutora em direito e políticas públicas; mestra em Direito; especialista em Direito e Processo Penal e Direito Público; Delegada de Polícia Civil – PI, professora de Direito da UESPI.

Perspectiva racial: Sabrina de Paula Braga

Mestra em Direito Político pela Universidade Federal de Minas Gerais. Analista Judiciário do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais. Associada da Visibilidade Feminina. Membra da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP).

Perspectiva da população LGBTQIA+: Bruna Benevides

Articuladora política da ANTRA - Associação Nacional de Travestis e Transexuais, responsável pelo monitoramento e acompanhamento das candidatas trans e autora da pesquisa anual sobre violência contra pessoas trans no BRASIL. 

Comparativo com a Reforma Eleitoral aprovada: Ligia Fabris

Professora da FGV Direito Rio, onde e coordena o Programa de Diversidade e Inclusão. Fellow do grupo de pesquisa “Global Contestations of Women’s and Gender Rights” do Zentrum für interdisziplinäre Forschung (ZiF) da Universidade de Bielefeld (2020-2021) e doutoranda na Universidade Humboldt de Berlim (Alemanha). Co-fundadora do Fórum Fluminense Mais Mulheres na Política.

  • 17:20 – 18:50

Mesa 6 - Partidos, Representação e Movimentos Suprapartidários

Curadoria: CONPEDI

Orides Mezzaroba (UFSC)

Como superar o déficit de representatividade política observado nas democracias contemporâneas e na democracia brasileira em especial? É possível a existência de uma efetiva democracia sem partidos políticos representativos e democráticos na sua estrutura interior? A mesa 06 do Congresso SNE 2 terá como objetivo fundamental debater a legitimidade da democracia brasleira contemporânea, a partir de uma análise da atuação e funcionamento dos partidos políticos nacionais, dos movimentos suprapartidários e também dos projetos e perspectivas políticas de atendimento mais efetivo de uma democracia pluralista e inclusiva, proposta em tese pela Constituição de 1988.Para atingir tal fim, serão realizadas palestras e debates acerca das perspectivas de atuação e representatividade política dos povos indígenas, da efetivação e reconhecimento dos direitos políticos das pessoas com deficiência, bem como da atuação dos partidos políticos e dos movimentos suprapartidários na política brasileira, com destaque para reflexões acerca da autonomia dos partidos, da democracia intrapartidária e das perspectivas decorrentes das recentes e das futuras reformas eleitorais.

Coordenador(a): Jaime Barreiros Neto

Doutor em Ciências Sociais e Mestre em Direito pela UFBA. Analista Judiciário do TRE Bahia. Professor da Faculdade de Direito da UFBA

População indígena: Gersem Baniwa

Professor associado da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Amazonas e Dirigente do Centro Indígena de Estudos e Pesquisas - CINEP

Perspectiva da população com deficiência – Pesquisa TSE: Márcia Inês Schaefer

Doutoranda em Sociologia e Ciência Política na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Mestre em Sociologia Política, Licenciada e Bacharela em Ciências Sociais também pela UFSC. É pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Movimentos Sociais da UFSC.

Partidos – autonomia e democracia interna: Maria do Socorro Braga

Pós-Doutora em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. Professora associada e pesquisadora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Comparativo com a Reforma Eleitoral aprovada: Orides Mezzaroba

Professor titular nos Programas de Graduação e Pós-Graduação em Direito (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal de Santa Catarina. Coordenador do Programa de Mestrado em Direito da UFSC. Graduação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Especialização em Filosofia da Educação Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Mestrado em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina. Doutorado em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina. Pós-Doutorado junto à Universidade de Coimbra – Portugal. Pós-Doutorado no Programa de Doutorado em Administração da Universidade Nove de Julho de São Paulo. Presidente do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito - CONPEDI.

 

Dia 26 de novembro, sexta-feira

  • 10:00 – 11:00

Palestra Magna: Democracia e Inclusão

Min. Luiz Edson Fachin

Dra. Rumbidzai Kandawasvika-Nhundu

Conselheira Chefe do programa de Democracia e Inclusão Política do IDEA – International. Possui ampla experiência em projetos de defesa da democracia e da igualdade de gênero, com atuação internacional na África, Ásia e Pacífico, América Latina e Caribe e Europa.

  • 11:00 – 12:30

Mesa 7 - Direitos Políticos e Inclusão Democrática

Curadoria: ABPN

Delton Aparecido Felipe (Universidade Estadual de Maringá - Paraná - UEM/PR)

Refletir sobre os direitos políticos e inclusão democrática é ter no horizonte a possibilidade de participar do exercício do poder político, candidatar-se, votar e ser votado, criar e filiar-se a partidos políticos, exercer iniciativa de lei e ajuizar ação popular, entre outros direitos e faculdades inerentes à condição de cidadão. A priori, os direitos políticos eram restritos a grupos específicos, partir de algumas características pré-determinadas, mas, ao longo do tempo, esse monopólio foi questionado e a participação de todos/as na vida pública começou a ser considerada uma condição sem a qual não é possível o fortalecimento da democracia. O direito ao voto deixa de limitar a atividade política a determinados grupos que foram beneficiados pela estrutura social e passa a ser promulgado como um direto de todos/as. No entanto, é preciso ressaltar que, devido aos impedimentos históricos que alguns grupos vivenciaram, o exercício dos direitos políticos, sociais e econômicos se mostra mais difícil. É por isso, que, para além da promulgação, é necessário garantir acesso à ampla participação política. É com a preocupação de pensar estratégias de inclusão relativas a esses  direitos, como meio de fortalecimento da democracia brasileira, que organizamos o debate desta mesa, colocando em pauta a reflexão sobre a ampliação da participação de pessoas com deficiência tanto como eleitores, quanto como concorrentes a uma cadeira nas casas legislativa e executiva; sobre a maior participação de mulheres não só no pleito eleitoral e sobre como garantir meios para sua entrada nas casas legislativas por meio de cotas; e sobre modos de aumentarmos a representatividade étnico-racial nos espaços de poder, como maior número de parlamentares negros e indígenas.

Coordenador(a): João Andrade Neto

Servidor do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais. Professor de Direito Eleitoral na Faculdade Arnaldo Janssen e na Especialização da PUC MInas. Doutor em Direito pela Universidade de Hamburgo (Alemanha) e mestre em Direito pela UFMG. Coordenador de Eixo I do SNE - Fase I. Membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral (ABRADEP).

A Justiça Eleitoral como instituição garantidora da Democracia: Estefânia Maria de Queiroz Barboza

Professora de Direito Constitucional dos Programas de graduação e pós-graduação da UFPR e Uninter. Mestre e Doutora em Direito pela PUCPR. Vice-presidente da Associação ítalo-brasileira de professores de Direito Administrativo e Constitucional e Co-diretora da Seção brasileira do ICON-S (International Society of Public Law).

Acesso à Justiça pelos grupos minorizados: Jane Felipe Beltrão

Antropóloga, docente titular na UFPA, pesquisadora 1B do CNPq, e militante em prol dos Direitos Humanos na Amazônia Paraense.

Acessibilidade e pessoas com deficiência: Anahi Guedes de Mello

Antropóloga, doutora em Antropologia Social pela UFSC. É pesquisadora da Anis - Instituto de Bioética; coordenadora do Comitê Deficiência e Acessibilidade da Associação Brasileira de Antropologia (CODEA-ABA) e membro do GT Estudios Críticos en Discapacidad do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO). 

Domicílio eleitoral e territórios: Georgina Helena Lima Nunes

Professora associada da Faculdade de Educação (UFPel), doutora em educação pela UFRGS, coordenadora do Observatório Interinstitucional de Ações Afirmativas da Região Sul.

Desigualdade de Gênero: Salete Maria da Silva

Advogada feminista, mestre em Direito, doutora em Estudos de Gênero, pós-doutora em Direito com perspectiva de gênero. Professora da Universidade Federal da Bahia, coordenadora do grupo de pesquisa JUSFEMINA/CNPq/UFBA, membro-fundadora da Red Internacional de Feminismo Jurídico. Membro da Red Latino Americana de Academicas/os del Derecho. Escritora e cordelista.

Comparativo com a Reforma Eleitoral aprovada: Vinícius Quintino de Oliveira

Mestre em Governança Pública. Especialista em Direito Eleitoral. Bacharel em Direito. Membro da Conferência Americana de Órgãos Eleitorais Subnacionais/CAOESTE. Membro da ABRADEP. Coordenador da Escola Judiciária Eleitoral do Espírito Santo (Justiça Eleitoral).

  • 14:00 – 15:30

Mesa 8 - Processo eleitoral, jurisdição e participação política

Curadoria: ABCP

Vitor Marchetti (UFABC) e Debora Resende (UnB)

Os trabalhos que compõem esta mesa têm como propósito desenvolver pesquisas e diagnósticos sobre o regime de inelegibilidades da legislação eleitoral brasileira, bem como analisar a jurisprudência consolidada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para além de diagnósticos, os trabalhos avançam em propostas de reformas no quadro normativo tanto no tocante à organização das competências do próprio Tribunal quanto no aprimoramento do processo eleitoral. As propostas visam tornar nosso regime mais eficiente e inclusivo e alinhar nossa legislação com o compromisso de enfrentamento das desigualdades raciais, sexistas e étnicas na arena eleitoral.

Coordenadora: Roberta Maia Gresta

Doutora em Direito Político (UFMG). Mestre em Direito Processual (PUC MG). Graduada em Direito (UFMG). Assessora Especial da Presidência do TSE. Servidora efetiva do quadro do TRE-MG. Coordenadora do curso de Especialização em Direito Eleitoral (PUC Minas Virtual). Professora. Instrutora de Escolas Judiciárias Eleitorais - TSE e Regionais. Membro-fundadora e Coordenadora Acadêmica (2015-2021) da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político - ABRADEP.

Agenda eleitoral no STF: Eloisa Machado de Almeida

Advogada. Professora da FGV Direito SP e coordenadora do grupo de pesquisa Supremo em Pauta FGV Direito SP. Doutora em Direitos Humanos pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Ciências Sociais (PUCSP). Fundadora do Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos – CADHu. Ganhadora do Outstanding International Woman Laywer Award, dado pela International Bar Association (IBA) 2018-2019.

Regime de Competências: Elaine Harzheim Macedo

Doutora e mestre em direito, especialista em direito processual civil, desembargadora aposentado do TJ/RS; vice-presidente e presidente do TRE/RS no biênio 2012/2014, advogada.

Garantias processuais: Wallace de Almeida Corbo

Doutor e mestre em Direito Público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi Visiting Researcher na Harvard Law School. Professor da FGV Direito Rio.

Contencioso eleitoral e interseccionalidade: Rodrigo Portela Gomes

Professor Universitário. Doutorando e Mestre em Direito, Estado e Constituição pela UnB. Coordenador de atividades do Centro de Documentação Quilombola - Ivo Fonseca, projeto de extensão (UnB). Autor do livro "Constitucionalismo e Quilombos".

Inelegibilidades: Luiz Magno Pinto Bastos Júnior

Advogado e Professor Universitário (UNIVALI/SC). Doutor em Direito (UFSC), com estágio pós-doutoral (McGill University). Sócio fundador da ABRADEP. Presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/SC. 

Comparativo com a Reforma Eleitoral aprovada: Fernanda Lage

Doutora em Direito, Estado e Constituição pela Universidade de Brasília. Assessora no Tribunal Superior Eleitoral. Professora do Instituto Brasileiro de Direito Público - IDP. 

 

  • 15:40 – 17:00

Mesa 9 - Ações afirmativas e Normas Eleitorais: a transversalidade e a interseccionalidade em debate

Curadoria: ANEPCP

Fernanda Natasha Bravo Cruz (UNB)

A mesa “Ações afirmativas e Normas Eleitorais: a transversalidade e a interseccionalidade em debate” apresenta a metodologia aplicada no projeto de Sistematização de Normas Eleitorais, ao considerar a complexidade das dinâmicas sociais, políticas e jurídicas e reconhecer processos viáveis e transformadores de relações entre a Justiça Eleitoral, demais instituições estatais e a sociedade. A noção de interseccionalidade enquanto ferramenta analítica aponta para a capacidade de reconhecer conexões entre estruturas de desigualdade entre raça, gênero, classe, etnia e demais aspectos, que podem ainda referir-se a pessoas com deficiência, privadas de liberdade, ou suscetíveis a outras vulnerabilidades. Importa que processos discriminatórios negativos sejam reconhecidos para que se realizem iniciativas de discriminação positiva, como são as ações afirmativas. Grupos populacionais sujeitos a fatores de marginalização podem ser alijados de acesso ao Estado e seus serviços, incluindo até mesmo seus fundamentais direitos políticos. Nesse sentido, lógicas estruturais de exclusão da sociedade brasileira exigem disposição institucional para viabilizar articulações que sejam capazes de reorientar processos de decisão e gestão pública. É preciso que essas articulações sejam mediadas por novas interações dialógicas em interfaces entre Estado e Sociedade, e que sejam caracterizadas por relações menos hierarquizadas, menos fragmentadas e cada vez mais abertas à transversalidade para a resolução de problemas públicos. A iniciativa da Sistematização de Normas Eleitorais, ao se abrir a diálogos interdisciplinares e à atenção a temas interseccionais por diversas vezes marginalizados do debate público, se coloca nesse cenário desafiador com postura colaborativa e inovadora, visando a construção aprofundada de uma democratização voltada ao estabelecimento de dignidade e justiça social.  

Coordenador(a): Lara Marina

Mestra em Direito pela UFMG. Coordenadora do Eixo VIII do SNE: Participação Política de Grupos Minorizados. Assessora da Presidência do TSE. Especialista em Temas Filosóficos pela UFMG. Coordenadora Institucional da ABRADEP - Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político. Integrante da Associação Visibilidade Feminina.

SNE1, SNE2, metodologias e resultados: Polianna Pereira dos Santos

Mestra em Direitos Políticos (UFMG). Assessora na Vice- Presidência do TSE. Coordenadora Acadêmica da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político – ABRADEP. Presidenta da Associação Visibilidade Feminina.

Interseccionalidade: Renísia Cristina Garcia Filice

Profª Associada da Faculdade de Educação. Atuou como Conselheira no Conselho Nacional para a Promoção de Políticas de Igualdade Racial - Cnpir. Atua no Conselho de Direitos Humanos - CDH/UnB. Foi diretora  da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as - ABPN. Ê líder do Grupo de Pesquisa, Geppherg UnB . Pesquisa sobre  tranversalidade e interseccionalidade de raça, classe e gênero nas políticas publicas; ações afirmativas   educação para as relações raciais e direitos humanos.

Transversalidade: Fernanda Natasha Bravo Cruz

Professora adjunta de políticas públicas da Universidade de Brasília, colidera o Laboratório de Pesquisas sobre Ação Pública para o Desenvolvimento Democrático (LAP2D), é pesquisadora do Laboratório de Gestão de Políticas Penais (LabGEPEN) e conselheira da Associação Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão do Campo de Públicas (ANEPCP).

Ações afirmativas de inclusão política e quilombolas: Vercilene Francisco Dias

Advogada Popular do Quilombo Kalunga, de Cavalcante (GO). Doutoranda em Direito pela Universidade de Brasília (UnB), Mestre em Direito Agrário pela Universidade Federal de Goiás - UFG. Diplomada em Estudo Internacional em Litígio Estratégico em Direito Indígena e afrodescendente pela Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP). Assessora Jurídica na Terra de Direitos e na Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ).

Comparativo com a Reforma Eleitoral e considerações sobre o eixo estruturante do SNE 2: Lara Marina

Mestra em Direito pela UFMG. Coordenadora do Eixo VIII do SNE: Participação Política de Grupos Minorizados. Assessora da Presidência do TSE. Especialista em Temas Filosóficos pela UFMG. Coordenadora Institucional da ABRADEP - Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político. Integrante da Associação Visibilidade Feminina.

 

  • 17:00 – 17:30

Encerramento

Min. Luiz Edson Fachin