Desde que o Tribunal Superior Eleitoral começou a fazer eleições informatizadas foram criadas diversas normas técnicas que trazem novas atribuições no âmbito da tecnologia da informação, tais como as áreas de estratégia, planejamento e governança de TI, além de testes e da segurança da informação.

O trabalho exige ambientes específicos para abrigar as equipes, desenvolver projetos e fazer testes de sistemas. Com isso, o espaço da sede inaugurada nos anos 70 ficou pequeno para a realização das atividades.

O problema será solucionado com a mudança para a nova sede, onde toda a parte de tecnologia da informação ficará concentrada em um prédio anexo, ao lado do edifício principal.

De acordo com o coordenador de infraestrutura do TSE, Cristiano Moreira Andrade, “a construção da nova sede do TSE permitiu que a Secretaria de Tecnologia da Informação pudesse se estruturar realmente, em conformidade com as normas de desenvolvimento de softwares, de testes, de planejamento estratégico e de governança.

“Isso vai fazer com que o desenvolvimento seja mais rápido, o suporte seja mais ágil e o armazenamento das informações ocorra de forma mais segura. Ela traz a possibilidade de maior produtividade não só à área de TI do TSE, mas também a todas as áreas, sejam elas administrativas ou jurisdicionais”, afirmou Cristiano.

Outra vantagem é que o prédio foi construído a partir de normas de implantação de rede de compartilhamento de dados, que permite a instalação de cabeamento estruturado, o que não existia na sede antiga. Antes, os técnicos de TI precisavam fazer manutenções diárias nos computadores, o que gerava a indisponibilidade do sistema e afetava a produtividade dos servidores. Agora, a rede de computadores vai ganhar mais velocidade e estabilidade.

“O cabeamento estruturado permite um acesso mais fácil para fazer vistorias e o número de indisponibilidades dos sistemas informatizados cai consideravelmente”, disse Cristiano Andrade.

A sala onde funciona o Datacenter – equipamento que armazena o cadastro de eleitores, com dados de 136 milhões de pessoas e mantém funcionando todos os serviços informatizados do TSE – também ficou pequena. Para fazer a mudança para o novo prédio tudo terá de ser desligado. Durante algumas horas não será possível acessar os serviços de internet, e-mail, sites do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais, realizar consultas ao cadastro de eleitores e nem realizar novos cadastramentos, o que suspenderá os trabalhos da biometria.

Uma empresa de segurança foi contratada para transferir e fazer a escolta dos equipamentos. A expectativa é de tudo seja feito em até 48 horas, durante um feriado, para que os serviços sejam suspensos pelo menor tempo possível.

“Temos que ter responsabilidade sobre esses dados, endereços de todas essas pessoas. Então é importante nós termos esse cuidado para evitar que sejam subtraídos esses equipamentos e alguém possa acessar essas informações”, concluiu o coordenador de infraestrutura do TSE.

Depois que todos os servidores estiverem na nova sede, a equipe de informática do tribunal irá implantar a rede sem fio, que representa mais comodidade não só para quem trabalha no tribunal, mas principalmente para os advogados, jornalistas e todos os que acompanham o dia a dia da Corte.