Palácio Monroe
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Criado para ser o pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de Saint Louis (EUA), em 1904, o Palácio Monroe recebeu o grande prêmio de arquitetura, concedido pelo júri do evento. Tornou-se, assim, a primeira obra arquitetônica brasileira reconhecida internacionalmente.
O responsável pelo projeto, o General Francisco Souza Aguiar, recebeu instruções para compor uma estrutura que pudesse ser desmontada e reconstruída posteriormente no Rio de Janeiro, então capital do Brasil.
Reconstruído, o edifício recebeu o nome de Palácio Monroe, em homenagem ao ex-presidente norte-americano James Monroe. Com 1.700 metros de área construída e estilo eclético, foi o primeiro edifício oficial a ser inaugurado na Avenida Rio Branco, no centro do Rio de Janeiro, em 1906.
Até 1914, o prédio continuou a exercer a função de pavilhão de exposições, quando passou por reformas para abrigar a Câmara de Deputados, que lá permaneceu até 1922. De 1925 a 1932, o Palácio foi ocupado pelo Senado Federal.
Com a reestruturação da Justiça Eleitoral, o edifício serviu de sede para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos anos de 1945 e 1946. Na época do Regime Militar, foi sede do Estado-Maior das Forças Armadas (Emfa).
Tombamento
Por volta de 1970, juntamente com outros edifícios da Avenida Rio Branco, teve negado o pedido de tombamento federal feito ao Instituto do Patrimônio Histórico e Geográfico (Iphan). O tombamento foi alcançado apenas em âmbito estadual.
A falta de apoio federal para a preservação do prédio levaria a uma verdadeira batalha. Em 1974, durante a construção do metrô do Rio de Janeiro, o traçado dos túneis havia sido desviado para não atingir as fundações do Palácio Monroe.
A demolição do prédio foi defendida em uma campanha do jornal O Globo e apoiada por expoentes da arquitetura moderna, como Lúcio Costa.
Do outro lado, o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e o Clube de Engenharia, por meio do Jornal do Brasil, tentavam preservar o edifício. Mas, nem mesmo alterações no traçado do metrô foram suficientes para salvar o palácio, que viria a ser demolido em março de 1976.
Atualmente, a Prefeitura do Rio de Janeiro estuda a reconstrução do Palácio Monroe.