Foram 25 anos de serviços prestados à Justiça Eleitoral, sendo 15 deles à frente da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE (STI/TSE), setor que chefiou de 2006 a 2021. A história da criação da urna eletrônica, que se confunde com a trajetória profissional de Giuseppe Dutra Janino, coautor do projeto que concebeu o aparelho, é narrada na obra O Quinto Ninja, lançada nesta sexta-feira durante o webinar “25 Anos da Urna Eletrônica: Tecnologia em Favor das Eleições” transmitido pelo canal no YouTube Judiciário Exponencial. 

O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso foi um dos participantes do evento on-line. Ao conduzir a abertura do seminário, o ministro elogiou o ex-secretário de TI do Tribunal, que integrou a equipe responsável pelo desenvolvimento da urna eletrônica, mecanismo classificado por ele como “revolucionário” para a democracia brasileira.

“O livro conta a participação do Giuseppe nessa história de sucesso, que começou em 1996, sem que até hoje se tenha conseguido documentar uma fraude sequer, como testemunho da integridade do sistema e da qualidade das pessoas que o criaram e foram capazes de mantê-lo ao longo deste tempo”, disse Barroso.

Veja o vídeo de lançamento da obra “O Quinto Ninja”.

Sobre a publicação 

No início da carreira como servidor do TSE, onde ingressou por meio de concurso público, o matemático fez parte do time que desenvolveu o sistema eletrônico de votação. 

Sabe-se que, na área de tecnologia, meros cinco anos representam uma eternidade e podem separar um aparato de topo de linha de outro completamente obsoleto. Isso não aconteceu com a urna eletrônica, que, apesar de já ser uma “senhora” de 25 anos, já passou por diversos aprimoramentos e se manteve moderna mesmo com o passar do tempo.

O Quinto Ninja

O nome do livro faz alusão ao time que se uniu em prol do desenvolvimento da urna eletrônica, em 1995. O grupo ficou conhecido como “ninjas” pois a maioria dos membros – três deles, mais precisamente – é de ascendência japonesa. Janino considera-se o quinto deles.

“A narrativa [do livro], de forma coloquial, bem leve, eleva os casos emblemáticos e de bastidor ao mesmo tempo que trata dos desafios encontrados na implantação do novo modelo. Registra também todos os benefícios agregados ao processo eleitoral desde o momento da decisão de se embarcar no trem da tecnologia”, resumiu o servidor aposentado do TSE.

O enredo da obra conta, em 95 páginas, a história da concepção do equipamento brasileiro. Os primeiros 30 exemplares, que estão à venda na Amazon, receberão uma dedicatória personalizada do autor. 

BA/CM, DM