Violência é tema da segunda edição do “Mulheres Debatem”
Além do presidente do TSE, participam do evento virtual a jornalista Petria Chaves, a atriz e ativista Luiza Brunet e a vice-presidente do Instituto Maria da Penha, Regina Barbosa
Nesta sexta-feira (12), às 15h, acontece a segunda edição do projeto “Mulheres Debatem”. O tema do encontro virtual desta semana, mediado pela jornalista Petria Chaves, é violência. A live faz parte de uma série de ações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para celebrar o Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março.
O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, abre o encontro, que conta com a participação da vice-presidente do Instituto Maria da Penha, Regina Célia Barbosa, e da atriz, modelo e ativista pelo direito das mulheres Luiza Brunet. Para assistir ao bate-papo, acesse o canal do TSE no YouTube.
Ao todo, serão quatro encontros neste mês. Cada um deles terá um tema a ser discutido com personalidades femininas brasileiras. A série de diálogos é organizada pela Comissão TSE Mulheres, que tem como objetivo incentivar a participação feminina na política e na Justiça Eleitoral.
Conheça mais sobre as convidadas
Luiza Brunet é atriz, modelo e ativista pelos direitos das mulheres. Vítima de violência sexual dentro de casa, quando era adolescente, e de violência física em um relacionamento, Luiza não se abate em contar os próprios casos para encorajar outras mulheres a fazerem o mesmo, com o claro objetivo de expor uma realidade que ainda rouba infâncias e vidas adultas. A ativista também tem feito palestras para conscientizar mulheres em torno de uma grande rede de apoio – até na Índia – no enfrentamento da violência doméstica.
Para Brunet, é necessário avançar com pautas sobre violência de gênero. “Esse é um problema estrutural, que aflige mulheres, filhos e a sociedade. Eu fiz uma denúncia contra o meu agressor e me tornei ativista no enfrentamento da violência contra as mulheres. Eu, como mulher e cidadã, sinto que faço a minha parte. Todos nós podemos e devemos lutar contra qualquer tipo de violência e viver numa sociedade respeitosa e justa”, afirma.
Já Regina Célia Barbosa é filósofa, cientista política, cofundadora e vice-presidente do Instituto Maria da Penha. Também atua como diretora pedagógica e de projetos no Instituto e foi a criadora do Programa Defensoras e Defensores dos Direitos à Cidadania (Programa de Formação no Enfrentamento à Violência Doméstica). Participou ativamente do programa “Mulheres que Inspiram são Mulheres que Empoderam” e criou o podcast Pamitê, entre outros projetos. Para ela, é preciso “ser contra a violência contra toda e qualquer mulher, seja no ambiente doméstico ou público”.
A Lei Maria da Penha é considerada uma das principais políticas públicas voltadas para os direitos das mulheres e contra a violência de gênero. Em vigor desde 2006, o acesso aos serviços de proteção para sua aplicabilidade, quando se trata de contextos sociais distintos, ainda é um desafio. A lei assegura o distanciamento do companheiro quando envolve risco para as mulheres, bem como a criminalização da violência doméstica e familiar contra esse gênero. Ela enumera as formas de violência, não apenas a física, mas também a psicológica e a patrimonial (que põe em risco todo e qualquer patrimônio construído pela mulher em sua vida).
Dados da violência contra a mulher
Em 2020, segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, foram registradas 105.821 denúncias de violência contra a mulher nas plataformas do Ligue 180 e do Disque 100. Esse número representa um registro a cada cinco minutos. Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está no 5º lugar entre os países que mais matam mulheres no mundo no contexto de violência doméstica. O ranking é realizado em 84 países.
Por isso, não dá mais para fechar os olhos para esses números. A Justiça Eleitoral quer você nesse debate. Não perca! Participe e confira abaixo a agenda dos próximos encontros do “Mulheres Debatem”, que acontecerão todas as sextas-feiras do mês de março, às 15h, no canal da Justiça Eleitoral no YouTube:
Dia 19/3 - Liderança
Dia 26/3 – Gênero
IC/LC, DM
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05.03.2021 - Mulheres Debatem: discussão sobre igualdade e mais espaço feminino na política marcam 1ª edição do encontro