“Para o vírus da antidemocracia, tenhamos o remédio de mais democracia”, diz a ministra Cármen Lúcia

Declaração foi dada na sessão desta quinta-feira (14) ao se referir às explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes ontem

Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE - Sessão plenária do TSE - 14.11.2024

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, afirmou, na sessão plenária desta quinta-feira (14), que no Dia da Proclamação da República, comemorado nesta sexta-feira (15), o que se espera é que “a República desse Estado Democrático brasileiro acorde em paz e ciente de que eventuais atentados ou qualquer tipo de contestação feita à democracia  não irão prevalecer e não se há de deixar de fazer atenção a eles”. A ministra disse que todos devem ter a certeza de que “as instituições continuam a cumprir a sua função e a se ocupar para que, cada vez mais, contra o vírus da antidemocracia, nós tenhamos o remédio de mais democracia”.   

A magistrada fez as declarações, durante a sessão, ao se referir as explosões ocorridas na noite de quarta-feira (13) na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). “Esses atos nada dizem, nem enfraquecem, nem abalam a democracia brasileira”, afirmou ela, ao salientar que as cidadãs e os cidadãos brasileiros “acordaram hoje ocupados em manter as suas funções para a garantia de continuidade estável, segura e permanente das instituições democráticas”.  

“A nós, servidoras e servidores, especialmente da Justiça Constitucional e Eleitoral, compete dar continuidade às nossas funções para a preservação da necessária democracia brasileira,  que não se abala diante de qualquer ato que possa eventualmente atentar ou buscar atentar contra pessoas, instituições ou funções democráticas”, destacou a presidente do TSE. 

Paz social e liberdade democrática 

Logo após, antes de proferir voto em um julgamento do qual era relator, o ministro André Mendonça manifestou total apoio à presidente do Tribunal. Ele definiu os atentados como lamentáveis e graves. “São fatos que se distanciam e não se alinham à paz social e à liberdade democrática. Ao contrário, merecem repúdio e devem ser devidamente apurados pelas autoridades competentes, que já estão se encarregando desta questão”, afirmou o ministro.  

O magistrado destacou o compromisso das brasileiras e dos brasileiros com a paz e a liberdade sadia. “Na democracia, o único embate possível é o de ideias e não há espaço para qualquer tipo de prática violenta”, disse ele. 

AN, DV/EM 

 

 

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