A 7ª edição do Teste Público de Segurança da Urna (TPS) vem aí, e os preparativos estão a todo vapor. Em 2023, o evento ocorre de 27 de novembro a 1º de dezembro, quando especialistas em informática de todo o Brasil estarão na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília (DF), para testar a urna eletrônica e fazer uma verdadeira avaliação de segurança do equipamento.

Para relembrar tudo o que aconteceu nas edições anteriores do TPS, o Portal do TSE lança neste sábado (21) a websérie #Esquenta Teste da Urna. As matérias serão publicadas uma vez por semana, até a véspera do início do Teste deste ano. Confira!

Assista um resumo do Teste da Urna 2009.

O Teste

O Teste da Urna é uma das etapas de auditoria e fiscalização mais importantes do sistema eletrônico de votação, porque é por meio dele que são colhidas sugestões de melhorias apresentadas por pessoas de fora da Justiça Eleitoral que são implementadas antes da próxima eleição, marcada para outubro de 2024.

Qualquer brasileira ou brasileiro maior de 18 anos pode se inscrever no TPS para participar e conferir de perto o alto grau de confiança do nosso sistema eleitoral. E tem mais: tanto a passagem quanto a estadia de investigadoras e investigadores são inteiramente custeadas pelo Tribunal.

#Esquenta Teste da Urna

Com todas essas informações confiáveis disponíveis na internet, só cai nesse papo de que a urna eletrônica brasileira é de primeira geração ou que está desatualizada quem não conhece o TPS. E é justamente para desfazer todos esses mitos que permeiam o imaginário popular que o Portal do TSE publica a websérie #Esquenta Teste da Urna.

São seis matérias ilustrativas que rememoram os principais acontecimentos de todas as edições do Teste da Urna realizadas até então. A contagem regressiva começa neste sábado (21) e termina em 25 de novembro, dois dias antes do início do TPS 2023.

Descubra nesta matéria tudo que aconteceu na 1ª edição do TPS, que ocorreu em 2009.

Primeira edição

A estreia do TPS aconteceu de 10 a 13 de novembro de 2009. Trinta e sete pessoas compareceram ao TSE para colocar em prática nove planos de testes nas urnas eletrônicas. No total, foram contabilizadas 32 horas de testes públicos executados.

Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Marinha do Brasil e Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal (PF) foram algumas das instituições que enviaram representantes para atuar no Teste da Urna. O evento também contou com a participação do então ministro do TSE, Ricardo Lewandowski, que presidiu a Corte Eleitoral nas eleições seguintes, realizadas em 2010.

No TPS 2009, os participantes adotaram diversas estratégias para testar os sistemas das urnas modelo 2008 (UE2008). Enquanto um dos investigadores buscou quebrar o sigilo do voto por meio da captação da radiação eletromagnética emitida pelo teclado do aparelho, outros tentaram introduzir um arquivo na mídia de votação usada nas seções eleitorais.

No primeiro caso, o equipamento de rádio utilizado só conseguiu identificar um dos botões e funcionou apenas a uma distância de cinco centímetros da urna, fato que tornaria a investida inviável em condições normais.

Como resposta, o TSE passou a criptografar as teclas do terminal do eleitor, que produzem sinais elétricos diferentes sempre que são pressionadas. A criptografia do teclado da urna, introduzida a partir do TPS 2009, é utilizada até os dias de hoje nos modelos mais modernos do equipamento.

O segundo plano também não foi bem-sucedido, uma vez que o arquivo inserido acabou rejeitado pela urna eletrônica. Os participantes até mudaram de tática, mas todas as tentativas foram prontamente identificadas e barradas pelos recursos de segurança do sistema, como assinaturas digitais e mecanismos de criptografia.

BA/LC, DM

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