Ciclo de Transparência: secretário do TSE detalha etapas de auditorias do sistema de votação

Secretário de TI do TSE, Júlio Valente, mostrou algumas das dezenas de oportunidades que a sociedade tem para auditar sistema

04.10.2023 - Ciclo de Transparência Democrática - Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

Nesta quarta-feira (4), data que deflagra o Ciclo de Transparência Democrática – Eleições 2024 e de abertura do código-fonte da urna eletrônica, representantes das entidades fiscalizadoras foram apresentados a algumas das dezenas de oportunidades de auditorias das urnas eletrônicas e dos sistemas eleitorais. A exposição foi conduzida pelo secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (STI/TSE), Júlio Valente, que afirmou que o evento de hoje marca o início de 40 oportunidades de auditorias no curso do processo eleitoral.

04.10.2023 - Ciclo de Transparência Democrática - Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

Ele explicou às pessoas presentes no Auditório I, na sede do Tribunal, que as urnas eletrônicas, adotadas pela Justiça Eleitoral a partir das eleições de 1996, eliminaram um passado marcado por conhecidas fraudes ao acabar com a manipulação humana do processo de votação.  “Hoje, [com o voto informatizado] nós temos no Brasil um processo que é seguro. Há 27 anos não há um único caso comprovado de fraude”, afirmou Valente.

Aprimoramento constante

O secretário de TI ressaltou que, apesar da grande dimensão territorial do país e do eleitorado de mais de 150 milhões de pessoas espalhadas em 5.570 municípios, além de ser responsável pela organização do pleito em si, a Justiça Eleitoral ainda promove constantes inovações nos equipamentos e sistemas eleitorais para garantir a manutenção do alto grau de eficácia dos processos de votação e apuração dos votos, ações que ocorrem no mesmo dia. “O Brasil possui a maior eleição informatizada do mundo, com um modelo único de informatização”, disse Julio Valente.

04.10.2023 - Ciclo de Transparência Democrática - Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

Recursos de acessibilidade

A votação eletrônica, de acordo com Valente, ainda permite a plena inclusão de grupos populacionais que, no modelo anterior de cédulas de papel, não conseguiam votar com facilidade e autonomia. “Hoje nós temos pessoas com graves dificuldades visuais que votam, indígenas que votam e pessoas não alfabetizadas em língua portuguesa, alfabetizadas somente na Língua Brasileira de Sinais, que também votam na urna eletrônica”, acrescentou o secretário.

Oportunidades de auditoria

As 14 classes de entidades fiscalizadoras, que representam a sociedade, podem acompanhar de perto todas as fases do código-fonte da urna eletrônica, que vão desde o desenvolvimento (fase atual) do código até a assinatura digital e lacração dos sistemas. Segundo ele, ao convidar as instituições para participar, o objetivo do TSE é demonstrar que o sistema eletrônico de votação faz “apenas o que se espera dele”.

04.10.2023 - Ciclo de Transparência Democrática - Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

Além da inspeção do conjunto de comandos existentes nas urnas e nos sistemas eleitorais, há outras importantes etapas de fiscalização que acontecem antes das eleições, como o Teste Público de Segurança da Urna (TPS 2023), que, neste ano, ocorre entre os dias 27 de novembro e 1º de dezembro; o Teste de Confirmação do TPS, em maio de 2024; e a Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas, em setembro de 2024.

Em setembro, um mês antes da votação, ocorrem ainda a Cerimônia de Geração de Mídias e a preparação das urnas eletrônicas que serão utilizadas para colher o voto do eleitorado. Já em outubro, na véspera do dia em que brasileiras e brasileiros comparecem às seções eleitorais, também é feita a verificação das tabelas de correspondência, que consiste em uma relação das seções eleitorais associadas ao número de identificação único do equipamento.

No dia da eleição, a fiscalização pode ser exercida, pelo menos, de três formas: conferência do relatório da zerésima, emitido pela urna antes do início da votação, que comprova que o equipamento não possui voto previamente registrado para qualquer candidata ou candidato; realização do Teste de Integridade, cuja finalidade é verificar se o voto digitado é o mesmo que será contabilizado na urna; e a conferência do Boletim de Urna (BU), encerrada a votação.

Valente explicou que, após a eleição, o sistema também pode ser auditado por meio dos seguintes mecanismos: conferência dos Boletins de Urna (BUs), relatório com o total de votos depositados pelas eleitoras e eleitores em cada equipamento; Registro Digital do Voto (RDV) e logs das urnas eletrônicas. Todos os arquivos são publicados no Portal de Dados Abertos do TSE para consulta pública de qualquer pessoa interessada.

“Além de nós divulgarmos o resultado final – a soma –, nós divulgamos também as parcelas que compõem a soma: cada um dos boletins de urna de cada uma das seções eleitorais”, concluiu o secretário.

Conheça as oportunidades de auditoria e fiscalização.

BA/EM

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