TSE e TRE-DF discutem aprimoramento dos serviços para o eleitor no exterior
Grupo de trabalho deve estudar soluções para facilitar logística da votação

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu, nesta terça-feira (19), uma comitiva do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) para tratar de questões relacionadas à realização das eleições gerais no exterior, organizadas pela Justiça Eleitoral no DF.
Os brasileiros fora do Brasil só votam nas eleições presidenciais, ou seja, não precisam ir às urnas em 2024. No entanto, a ideia é que, com a antecedência necessária, sejam discutidas soluções técnicas e logísticas que possam facilitar a administração no preparo das urnas ao redor do mundo e, ainda, reduzir custos operacionais, além de colaborar para a participação de potenciais eleitores residentes no exterior, visto que a atuação dessa parcela do eleitorado tem aumentado a cada pleito. Segundo dados do TSE, desde 2014, o número de eleitores aptos a votar fora do país quase dobrou, passando de pouco mais de 354 mil naquele ano para 697 mil em 2022.
“Como o exercício de alguns deveres, direitos e serviços está cada vez mais vinculado ao alistamento eleitoral, a expectativa é de que o número de pessoas com cadastro eleitoral, tanto no Brasil quanto no exterior, possa aumentar”, avalia o diretor-geral do TSE, Rogério Galloro, que recebeu a comitiva para tratar do assunto.
Grupo de trabalho
Durante a reunião, foi apresentada ao TSE a proposta de formação de um grupo de trabalho para estudos sobre os assuntos debatidos. A intenção é incluir também representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE). O órgão integra o processo operacional de distribuição das urnas no período eleitoral e de disponibilização de força de trabalho nos consulados e embaixadas brasileiras.
Estiveram presentes na reunião, pelo TRE-DF, o presidente do Tribunal, desembargador Roberval Belinati; o juiz auxiliar da presidência, Pedro Yung-Tay; a diretora-geral, Lúcia Bitar; o chefe de Gabinete da Presidência, Edvaldo Guimarães; o secretário de Tecnologia da Informação e Comunicações (STIC), Andrey Bernardes; o assessor de Planejamento, Reinaldo da Luz; e o assessor-chefe de Comunicação Social (Ascom), Fernando Velloso, além do assessor de Gestão Eleitoral do TSE, Tiago Fini.
Na ocasião, Belinati frisou a importância da votação dos brasileiros residentes no exterior, ressaltando a demanda reprimida, e afirmando que essas pessoas, além do direito que têm de votar, podem, eventualmente, fazer a diferença em uma totalização de resultados.
JV/CM, DM