Retrospectiva 2023: abertura do código-fonte fortalece a confiança no processo eleitoral brasileiro

Ciclo de Transparência, que aconteceu um ano e dois dias antes das Eleições 2024, é um convite do TSE à fiscalização pela sociedade

Retrospectiva TSE 2023

Neste ano, o Ciclo de Transparência – Eleições 2024 começou com a abertura do código-fonte às entidades fiscalizadoras e com mais uma edição do Teste Público de Segurança da Urna (TPS), ações que reafirmam o compromisso da Justiça Eleitoral com o fortalecimento da democracia brasileira e com as eleitoras e os eleitores do Brasil.

O Ciclo de Transparência e a abertura do código-fonte são destaques desta quinta matéria da série de reportagens Retrospectiva 2023, que a Secretaria de Comunicação e Multimídia do Tribunal (Secom) divulga, de 21 a 29 deste mês, no Portal do TSE. Confira a seguir!

Abertura antecipada

Lançado no dia 4 de outubro pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, o evento marcou a abertura antecipada do código-fonte da urna eletrônica e dos sistemas eleitorais a um ano e dois dias do pleito do ano que vem. O código permanecerá aberto à fiscalização até as vésperas da Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos sistemas.

Série Retrospectiva 2023 - abertura do código-fonte" - 25.12.2023

“Temos, a partir do início desse ciclo, a reafirmação de que o TSE está sempre aberto a todos aqueles que queiram auxiliar, todos aqueles que queiram fiscalizar, todos aqueles que queiram melhorar a forma como nós exercemos a democracia”, ressaltou o presidente na ocasião.

Capitaneada pelo TSE, a Justiça Eleitoral é responsável pela organização das eleições e promove constantes inovações nos equipamentos e nos sistemas eleitorais para garantir a manutenção do alto grau de eficácia dos processos de votação e apuração dos votos de mais de 156 milhões de eleitoras e eleitores espalhados nos mais de 5,5 mil municípios.

Série Retrospectiva 2023 - abertura do código-fonte" - 25.12.2023

Para Alexandre de Moraes, isso garante, “com absoluta certeza, que, em 2024, teremos mais um ciclo democrático, mais uma eleição com total tranquilidade e transparência, para que possamos solidificar cada vez mais a nossa democracia”.

Código-fonte

O código-fonte e os sistemas eleitorais foram abertos em outubro, mas permanecerão disponíveis para inspeção até a Cerimônia da Assinatura Digital e Lacração, que ocorre poucos dias antes das Eleições Municipais de 2024. Portanto, todos esses programas estarão abertos, em tempo integral, numa sala de vidro no subsolo do TSE, em Brasília, a fim de que as entidades legitimadas possam fiscalizar e auditar o processo eleitoral.

Série Retrospectiva 2023 - abertura do código-fonte" - 25.12.2023

Isso significa que, ao longo desse período, instituições públicas, órgãos federais, partidos políticos, universidades e a sociedade civil poderão acompanhar e analisar o código, mediante agendamento prévio, inclusive com acesso a todo o conjunto de softwares da urna eletrônica.

Até o momento, apenas o partido União Brasil esteve no TSE para auditar o código-fonte da urna e os sistemas eleitorais com vistas às Eleições 2024.

Para o ano que se aproxima, duas entidades já estão agendadas para realizar a inspeção do código-fonte: a Sociedade Brasileira de Computação (SBC), marcada para comparecer ao Tribunal nos dias 29 e 30 de janeiro, e o Senado Federal, cujos representantes devem inspecionar o código em 20 de fevereiro.

Aprimoramento perene

Série Retrospectiva 2023 - abertura do código-fonte" - 25.12.2023 

Na solenidade de lançamento do Ciclo de Transparência – Eleições 2024, realizada em outubro, o secretário de Tecnologia da Informação (STI) do TSE, Júlio Valente, destacou que as urnas eletrônicas, adotadas pela Justiça Eleitoral a partir das eleições de 1996, eliminaram um passado marcado por conhecidas fraudes, ao acabar com a manipulação humana no processo de votação.  “Hoje, [com o voto informatizado] nós temos no Brasil um processo que é seguro. Há 27 anos, não há um único caso comprovado de fraude”, afirmou Valente.

Como parte do constante aprimoramento que baliza o ciclo, as 14 classes de entidades fiscalizadoras podem acompanhar de perto todas as fases que envolvem o desenvolvimento do código-fonte até a assinatura digital e a lacração dos sistemas.

Segundo Júlio Valente, os sistemas também podem ser auditados após a eleição, por meio dos seguintes mecanismos: conferência dos Boletins de Urna (BUs), relatório com o total de votos depositados por eleitoras e eleitores em cada equipamento; Registro Digital do Voto (RDV); e logs das urnas eletrônicas. Todos os arquivos são publicados no Portal de Dados Abertos do TSE para consulta pública por qualquer pessoa interessada.

DG/LC, DM

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