Na abertura do IX Encontro da Rede de Bibliotecas da Justiça Eleitoral e do II Encontro da Rede de Memória Eleitoral nesta terça-feira (5), a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Edilene Lôbo destacou o papel das bibliotecas como “centro do mundo, espaço de resistência e transformação”. Realizados pela Secretaria de Gestão da Informação e do Conhecimento do TSE, os eventos ocorrem nesta terça e quarta-feira (6), no Auditório 1 do Tribunal. 

O almanaque

Logo no início dos encontros, foi lançado o livro Almanaque de Dados Eleitorais: Primeira República, 1889-1930, escrito em parceria pelo professor doutor da Universidade de São Paulo (USP) Paolo Ricci e pela professora doutora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Jaqueline Porto Zulini.

O diretor-geral da Secretaria do TSE, Rogério Galloro, falou sobre a relevância da obra para a Justiça Eleitoral. “Hoje apresentamos esse livro que é fruto de um acordo de cooperação entre essas três importantes instituições que são o TSE, a USP e a FGV. Ele é um marco para a Justiça Eleitoral por compilar, de forma inédita, dados das eleições durante a Primeira República. Foram dez anos de pesquisas. Essa obra contribui de forma significativa para a história das nossas eleições e reforça o compromisso do Tribunal com a memória da Justiça Eleitoral”, afirmou Galloro.

O almanaque já está disponível para download no Portal do TSE, dentro do Catálogo de Publicações.

Oportunidades de reflexão e de revisitar a memória

Ao cumprimentar os presentes, o secretário de Gestão da Informação e do Conhecimento do TSE, Cleber Schumann, disse que os encontros são oportunidades salutares para reflexões importantes. “Acordos como esse, que celebramos, resgatam a história brasileira. A cultura, a informação e o conhecimento são pilares onde repousa a consciência cidadã. Com esse almanaque garantimos que a história seja contada corretamente, com informações de qualidade, o que resulta na construção da cidadania e democracia brasileira”, disse Cleber.

A ministra Edilene Lôbo aproveitou para elogiar a qualidade dos dados apresentados no almanaque. “Essa obra é um presente para começarmos bem o dia. Nele falamos de memória. Nossos pesquisadores, autores desse livro, oferecem para a comunidade brasileira uma obra de fôlego. Aqui falamos de uma Justiça Eleitoral que não há igual em todo o mundo. É essencial falarmos de memória. Um povo que não revisita a própria história corre os riscos de incorrer nos mesmos erros do passado”, apontou a magistrada.

JM/EM, DM