Urnas eletrônicas serão utilizadas pela 1ª vez em eleições da Academia Brasileira de Letras

Objetivo é proporcionar mais segurança, modernidade e agilidade às votações, que acontecem nesta quinta (20) e no dia 27 de abril

Foto: Antonio Augusto - TSE Urna eletrônica

As eleições de imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL) terão uma novidade neste ano. Pela primeira vez, serão utilizadas urnas eletrônicas nas votações que acontecem nesta quinta-feira (20), para a cadeira de Nélida Piñon, e no dia 27 (próxima quinta), para a vaga de Cleonice Berardinelli.

As urnas foram emprestadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). A finalidade da ação inédita é proporcionar mais segurança, modernidade e agilidade ao processo de votação para a escolha dos próximos imortais da Academia, bem como à apuração dos votos. Instituição cultural inaugurada em 20 de julho de 1897 com sede no Rio de Janeiro, a ABL tem como objetivo o cultivo da língua e da literatura nacionais.

Além do empréstimo das urnas, o TRE-RJ preparou os equipamentos, com a inserção dos dados de eleitoras, eleitores, candidatas e candidatos. Promoveu também, nesta quarta (19), um treinamento para os funcionários da ABL que vão atuar como mesários, fiscalizando o andamento do pleito e apurando os votos por meio do Boletim de Urna emitido ao final da votação.

Vale registrar que a fiscalização da votação, a apuração e a totalização dos votos são de responsabilidade da ABL.

O empréstimo de urnas eletrônicas para eleições não oficiais é regulamentado pela Resolução TSE no 22.685/2007.

Sobre o processo da ABL

Até então, as eleições da Academia aconteciam por três modalidades: por carta, de forma presencial (via cédulas) ou virtual. É também via carta, para o presidente da ABL, que o candidato a uma vaga de imortal deve apresentar sua candidatura à sucessão, evidenciando os motivos pelos quais é digno de tal posição.

Outras duas curiosidades sobre o processo eleitoral da ABL são: terminada a contagem dos votos, as cédulas e cartas com votos recebidos são queimadas; e o candidato eleito só é considerado acadêmico após discurso na solenidade de posse.

A ABL tem 40 membros efetivos, que são conhecidos como imortais devido às obras dos acadêmicos, que ficam para sempre. Segundo o estatuto da instituição, para se candidatar a uma cadeira da Academia, é preciso ser brasileiro nato e ter publicado, em qualquer gênero da literatura, obras de reconhecido mérito ou, fora desses gêneros, livros de valor literário.

MM/LC, DM

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