Estudantes do 9º ano do ensino fundamental da Escola Alef Peretz, de São Paulo (SP), participaram nesta quarta-feira (26) de oficina no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o tema “Por Dentro da Urna”. Os alunos puderam conhecer uma urna eletrônica de perto e saber mais sobre a segurança e a transparência do sistema eletrônico de votação utilizado no Brasil há quase 27 anos.

A atividade é parte do programa de visita guiada do Tribunal, que busca aproximar ainda mais o público da Justiça Eleitoral. A ação desta quarta foi conduzida por Renato Carvalho, servidor da Assessoria de Cerimonial da Presidência (ACP), e contou com a presença do professor Fábio, que integrou o grupo de visitantes. Os estudantes conheceram diversos espaços do Tribunal e participaram da oficina, realizada por Rafael Azevedo, coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE.

Urna eletrônica

Na oficina, o servidor descreveu os componentes da urna eletrônica, a segurança por trás do equipamento e as etapas do processo eleitoral para a efetivação da cidadania por meio do voto. Rafael Azevedo destacou que as urnas são ferramentas fundamentais para a democracia brasileira.

Desenvolvida no início da década de 1990 pelo TSE, a urna eletrônica foi pensada para eliminar fraudes e limitar a intervenção humana no processo eleitoral. Desde a criação, o equipamento passa por melhorias constantemente, contando com tecnologia moderna e segura. A evolução contínua garante aperfeiçoamento em questões de criptografia, assinatura digital e resumo digital, visando sempre a segurança.

O coordenador do TSE utilizou uma urna eletrônica para apresentar aos estudantes. “Quando a gente abre [a urna], mostra que ela não é um bicho de sete cabeças”, afirmou Azevedo. Em seguida, ele asseverou que, embora seja simples, o equipamento apresenta “uma complexidade importante” e garantiu que o processo é seguro.

Auditoria

Rafael Azevedo enalteceu a participação popular no processo eleitoral, um dos pilares da democracia brasileira. Segundo explicou, as auditorias são oportunidades de verificar a segurança e o funcionamento da urna eletrônica. Um dos processos, o Teste de Integridade, é realizado por todos os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) mediante amostragem e serve para demonstrar o funcionamento correto da captação e da apuração dos votos nas urnas sob condições normais de uso.

A auditoria ocorre no mesmo dia e hora da votação nas seções eleitorais. Representantes de partidos políticos, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público e quaisquer interessados podem acompanhar a auditoria. A cerimônia acontece em local público e de amplo acesso a qualquer cidadão, em todos os estados e no Distrito Federal. “A participação dessas entidades comprova ainda mais a segurança das urnas eletrônicas”, completou Azevedo.

Por dentro da urna

O programa “Por Dentro da Urna” foi iniciado em 2022, no Distrito Federal, pelo TSE. Com o intuito de reafirmar ao público a segurança e a transparência das urnas eletrônicas, o projeto já reuniu centenas de alunos em escolas, em universidades e no Tribunal, além de servidores de outras entidades para apresentações e oficinas. Por meio da iniciativa, a Justiça Eleitoral espera enfatizar a confiança no sistema de votação do país e a sua importância para a efetivação da democracia brasileira.

Pesquisa de campo

Para o professor Fábio Tamião, a experiência de imersão no processo eleitoral realizada no TSE é enriquecedora, pois aproxima o jovem eleitor das eleições e incentiva a participação ativa na democracia. De acordo com o docente, a iniciativa contribui para a formação de cidadãos esclarecidos.

IA/LC, DM

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