Servidoras e servidores da Justiça Eleitoral (JE) que trabalham com a extração e o tratamento de dados estatísticos processuais se reuniram na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, para o I Fórum Nacional de Estatística Processual e Gestão Processual Eleitoral. Nesta quinta-feira (13), segundo dia do evento, o foco do debate foram os sistemas estatísticos utilizados na JE.

Pela manhã, entre os temas abordados, destaque para o projeto do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), que, a partir da instalação de painéis digitais de dashboards com uso de Business Intelligence (BI), conseguiu informatizar a gestão processual no estado.

De acordo com o assessor especial de Planejamento Estratégico, Governança e Gestão do TRE-GO, José Carlos da Silva, a ferramenta traz toda a estatística processual baseada nos sistemas estruturantes da Justiça Eleitoral. “Os painéis permitem a gestão de informação com base em dados, o que eleva o grau de maturidade da gestão. Até o momento, o projeto já foi replicado em 12 Tribunais Regionais”, relatou.

Já a coordenadora de Apoio às Zonas Eleitorais e Acompanhamento de Metas do TRE do Ceará, Micheline Elga Pessoa de Melo, falou sobre as principais soluções adotadas pelos Regionais diante de inconsistências em informações inseridas no sistema DataJud, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“O saneamento das inconsistências tem como objetivo apresentar à sociedade dados processuais transparentes, como a quantidade de processos que estão em andamento, que foram julgados ou, ainda, que estão pendentes de julgamento”, resumiu.

Durante a tarde, os participantes do Fórum debateram o futuro dos Sistemas Atena/Temis, criado em 2020 no TSE. O Atena é o Núcleo de Desenvolvimento Colaborativo da solução de extração de dados estatísticos e indicadores da Justiça Eleitoral.

Na mesa que tratou do tema, todos foram unânimes em reconhecer que é preciso incentivar a utilização dos Sistemas Atena/Temis, base Processo Judicial Eletrônico (PJe), por parte dos servidores da JE que trabalham na área. Isso porque, como ferramentas de monitoramento em formato de BI, os sistemas devem ser usados para fins de medição dos dados estatísticos que são avaliados pelo CNJ, com a criação de relatórios em que possam ser identificadas e corrigidas eventuais inconsistências que interfiram no êxito do Prêmio CNJ de Qualidade 2023.

GA, JM/LC, DM

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