A JE Mora ao Lado: mesmo mudando de estado, mesária continuou a colaborar nas eleições

Mudança do Pará para o Tocantins não foi empecilho para que Kely Ventura Irades continuasse atuando na função

27/04/2023 15:00

Kely Ventura Irades, auxiliar administrativo de 42 anos, é uma paraense de Redenção que, há duas décadas, mudou-se com a família para Colinas do Tocantins, região tida como promissora no estado mais novo do país – nascido com a Constituição de 1988 – e que tem como principais atrativos as bonitas praias de água doce. Quando ainda morava no Pará, Kely foi convocada para ser mesária. E o que parecia uma árdua tarefa se revelou uma aptidão para servir.

“Comecei a votar aos 18 anos e no segundo pleito em que eu estava apta a exercer esse direito eu já atuei também como mesária convocada, ainda morando no Pará. Desde então, não parei mais, porque quando vim morar no Tocantins, me voluntariei para continuar nessa missão”, conta.

Para ela, mesárias e mesários são instrumentos que contribuem para garantir ainda mais transparência ao pleito. “Somos pessoas idôneas, representantes da sociedade. Estamos ali como cidadãos, auxiliando no processo eleitoral, de certa forma garantindo que tudo corra bem. Eu, particularmente, gosto do dia da eleição, da movimentação das pessoas, dos eleitores, candidatos”, revela Kely.

Assista à entrevista no canal do TSE no YouTube.

A auxiliar administrativa entende que essa missão – de atuar como mesária – se justifica e se faz importante a partir da observação do próprio processo eleitoral. “Na última eleição, eu presenciei uma senhora obesa, com mobilidade reduzida, tendo muita dificuldade para acessar o local da votação. Eu e os outros mesários a ajudamos a se locomover, para que ela pudesse exercer o direito [de voto]. Oferecemos água, procuramos acalmá-la, até porque as cadeiras do local eram pequenas e ela ficou ansiosa. Poder ajudar assim mostra que vale a pena”, destaca.

Mas Kely garante que os momentos bons são maioria. “Os idosos me emocionam. Tem uns que já passaram da idade obrigatória para votação, sequer precisam estar lá, mas vão, de um modo bonito, fazer seu papel de cidadão. Da mesma forma, os jovens de 16 anos vão também, e eu percebo que se empenham mais nas eleições municipais. Aliás, essas [municipais] são sempre mais acirradas, né? Parece que os nervos ficam mais à flor da pele. Mesmo assim, só tenho boas recordações e pretendo seguir ajudando”, garante.

Série Mesários

Esta história faz parte da série Mesários – A Justiça Eleitoral Mora ao Lado. Os textos estão sendo publicados desde fevereiro, mês em que a Justiça Eleitoral comemorou 90 anos. A ideia é mostrar que a atuação para garantir o processo democrático por meio das eleições só é possível graças às mesárias e aos mesários que participam ativamente do processo eleitoral em todo o país.

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