Certificação das urnas eletrônicas modelo UE2020 começa pelo Acre

Operação atesta que os equipamentos fazem parte do parque oficial de urnas da Justiça Eleitoral

Certificação de urna modelo UE2020 no Acre em 12.02.2022

A primeira das 225 mil urnas eletrônicas modelo UE2020 a receber certificação para ser usada nas eleições de outubro está no Acre. O procedimento foi feito por Rafael Azevedo, coordenador de Tecnologia Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quarta-feira (11), durante encontro de juízes eleitorais e chefes de cartórios do estado e na presença da imprensa local.

O diretor-geral do TSE, Rui Moreira, a juíza auxiliar da Presidência da Corte, Flávia Viana, e o presidente do Tribunal Regional do Acre (TRE-AC), desembargador Francisco Djalma, também participaram da cerimônia.

O presidente do TSE, ministro Edson Fachin, escolheu o Acre para ter a primeira urna certificada para demonstrar que o Regional tem todo o apoio da Corte para vencer o desafio quanto ao horário da votação neste ano no estado, que será das 6h às 15h (horário local), em cumprimento à Resolução TSE nº 23.669/2021. A norma unifica o horário de votação nas eleições de 2022 e todos os estados deverão seguir o horário de Brasília, onde a votação acontece das 8h às 17h.

Francisco Djalma agradeceu o apoio que vem recebendo do TSE e disse ter a certeza de que as Eleições Gerais de 2022 ocorrerão de forma tranquila e organizada.

Certificação

Cada urna fabricada tem identificação interna própria e só é reconhecida efetivamente como um equipamento da Justiça Eleitoral depois da certificação. Rafael Azevedo fez uma analogia do certificado digital com o registro de nascimento de uma criança. 

“Quando uma criança nasce, os pais recebem a declaração de nascido vivo, para que seja emitida a certidão de nascimento. Quando uma urna é fabricada, acontece algo semelhante: uma informação única é gerada na fábrica, e o TSE emite um certificado digital correspondente, atestando que o equipamento faz parte do parque oficial da Justiça Eleitoral. Sem esse procedimento, não é possível que a urna execute os sistemas oficiais desenvolvidos pelo TSE”, explicou.

O servidor do TSE enfatizou que a urna eletrônica tem uma arquitetura de segurança que não se iguala a nenhum outro tipo de equipamento de votação no mundo. Normalmente, o computador tem apenas um processador; a urna tem cinco: o primeiro é a urna propriamente dita, e os outros quatro são de segurança.

Passo a passo

O coordenador de Tecnologia Eleitoral certificou a urna mostrando o passo a passo de todos os procedimentos. Primeiramente, inseriu no equipamento uma mídia com o programa de certificação e outra com todos os certificados digitais do estado do Acre. Com isso, o certificado digital foi enviado para o chip de segurança ou perímetro criptográfico, um processador à parte que audita a urna eletrônica.

Rafael salientou que, naquele momento, caso as mídias contivessem sistemas não oficiais, o equipamento seria desligado imediatamente. “A urna não pode ser fraudada. Qualquer tentativa de invasão faz com que o equipamento seja desligado”, frisou.

Segundo ele, nem quem fabrica a urna consegue executar um programa que utilize completamente o equipamento sem a certificação. Antes do procedimento, por exemplo, somente as teclas “BRANCO” e “CORRIGE” funcionam.

Após inserir as mídias, o coordenador apertou a tecla “BRANCO”,e os seis certificados digitais verificaram que todos os processadores de segurança eram versões oficiais e atualizadas. Concluída a checagem, a urna permitiu o uso da tecla “CONFIRMA”, que, ao ser acionada, imprimiu o certificado de autenticação. “A partir deste momento, esta urna está certificada para uso com a capacidade de assinar digitalmente”, explicou.

Depois da certificação, o equipamento recebeu a chave de segurança, garantido, assim, que somente o sistema operacional da urna eletrônica brasileira seja decifrado naquela máquina.

Essa operação será feita em todas as outras 224.499 urnas modelo UE2020.

UE2020

Mais moderna e mais segura, a urna modelo UE2020 traz novos recursos de acessibilidade e novidades em termos de segurança, transparência e agilidade.

A linha de produção da Positivo Tecnologia – que venceu a licitação e está fabricando as 225 mil novas urnas, de um total de mais de 577 mil que serão usadas nas Eleições 2022 – segue rigorosos padrões de segurança. Vale ressaltar que cada fase da produção dos equipamentos é acompanhada de perto pela equipe da Coordenadoria de Tecnologia Eleitoral (Cotel) da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE.

GA/LC, DM

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