Fato ou boato: informação falsa deturpa acontecimentos do Teste em Campo para levantar suspeitas sobre o processo eleitoral
Objetivo da simulação é identificar oportunidades de melhorias nos sistemas eleitorais
Nesta semana, um conteúdo enganoso publicado por um site de notícias confundiu eleitores ao levantar suspeitas sobre a função de uma das simulações realizadas pela Justiça Eleitoral para promover aprimoramentos no voto eletrônico.
Fato ou boato?
A Justiça Eleitoral esclarece que o Teste em Campo dos Sistemas de Totalização e Ecossistema da Urna de 2022 tem o objetivo de identificar pontos de melhorias nos sistemas que ainda estão em desenvolvimento.
A atividade envolve cerca de 100 servidores e colaboradores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e de Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de todo o país. No período, os softwares passam por exaustivas verificações tanto por usuários dos sistemas quanto por provedores de solução em diversos cenários de uso.
Desta maneira, a Justiça Eleitoral consegue aproveitar de forma mais eficiente as oportunidades de melhoria nos sistemas em desenvolvimento, seja para garantir mais segurança ou para otimizar o trabalho das pessoas que participam do processo eleitoral.
De acordo com técnicos que atuaram no Teste em Campo dos Sistemas de Totalização e Ecossistema da Urna de 2022, os resultados foram concluídos com sucesso, uma vez que diversos pontos de melhorias foram imediatamente identificados e implementados.
Ressalta-se que, ao longo de seu desenvolvimento, todo sistema passa por inúmeros testes, e suas versões vão sendo atualizadas. O Teste em Campo é uma etapa importante para a integração dos sistemas, uma vez que as equipes trabalham separadas. São testados vários cenários de todos os sistemas envolvidos na eleição, e os erros identificados são corrigidos antes da lacração dos sistemas. Toda melhoria é implementada antes da versão final que será usada nas eleições.
Ao longo do ciclo eleitoral, são realizados vários testes e ações para aperfeiçoar os sistemas usados nos pleitos, como o Teste Público de Segurança, por exemplo.
É importante lembrar que os sistemas que serão usados nas Eleições 2022 ainda estão em desenvolvimento. Assim, qualquer melhoria, aperfeiçoamento ou alteração pode ser feita e acompanhada pelas entidades fiscalizadoras elencadas na Resolução 23.673/2021 até a cerimônia de assinatura digital e lacração dos sistemas, realizada 20 dias antes do primeiro turno e em que participam partidos políticos, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Ministério Público, conforme previsto no art. 66 da Lei nº 9.504/1997.
Com todas as melhorias já implementadas, os sistemas passarão por nova bateria de checagem por representantes e usuários de todos os 27 TREs.
LG/DM