Fachin discute inclusão política com representantes da Associação Mais LGBT
Presidente do TSE foi cumprimentado pelo trabalho feito em prol da democracia
Os representantes da Associação Mais LGBT Evorah Lusci Costa Cardoso e Ademar Aparecido da Costa Filho reuniram-se nesta terça-feira (19) com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin. No encontro, ambos apresentaram ao ministro uma série de sugestões para aprimorar a inserção de candidaturas LGBTQIA+ na política. Na oportunidade, o ministro foi cumprimentado pelo trabalho realizado pela Corte Eleitoral em prol da democracia.
Ao entregarem o relatório “A política LGBT+: entre potências e apagamentos”, Evorah Lusci e Ademar Costa salientaram a dificuldade do trabalho de mapeamento das candidaturas LGBTQIA+ feito pela sociedade civil, especialmente por conta dos custos envolvidos. Eles informaram que a Justiça Eleitoral contempla essa categorização desde 2014. Nas Eleições Municipais de 2020, foram registradas 556 candidaturas de pessoas LGBTQIA+. Até agora, em 2022, há a confirmação de 237 pré-candidaturas nessa categoria.
O presidente do TSE ressaltou que as reivindicações são absolutamente fundamentais e legítimas. “Precisamos viver em uma sociedade verdadeiramente plural que abraça a todas e todos sem discriminação ou preconceito. O acolhimento, respeito e inclusão é um processo que se constrói e, a partir desse canal de diálogo que se abre hoje com vocês, conseguiremos por meio da força da institucionalidade implementar diretrizes de caráter permanente que valorizem essas questões”, declarou Fachin aos representantes da Associação Mais LGBT.
Luta por espaço
Os números mencionados pelos representantes da associação chamam a atenção, ao mostrarem a pouca participação de pessoas da comunidade LGBTQIA+ na política. Uma pesquisa realizada em 2019, em caráter experimental, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que abordou a orientação sexual, mostra que 1,8% da população brasileira se declarou integrante da categoria, porém na política são apenas 0,16%. “Os partidos investem pouco nesse tipo de candidatura. Ainda há um desafio enorme de representatividade”, disse Evorah Lusci.
Além deles, participaram da reunião a secretária-geral da Presidência do TSE, Christine Peter; a secretária de Comunicação e Multimídia do Tribunal, Giselly Siqueira; e a assessora-chefe da Assessoria de Inclusão e Diversidade da Corte, Samara Pataxó.
JM/EM, DM