TPS 2021: Tribunal Superior Eleitoral comemora caráter colaborativo do evento
Sexta edição, iniciada nesta segunda (22) e com término previsto para o dia 26, vem sendo acompanhada por representantes da Comissão de Transparência das Eleições
Nesta terça-feira (23), ao fazer o balanço do segundo dia do Teste Público de Segurança (TPS) 2021 do Sistema Eletrônico de Votação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Comissão Avaliadora do evento comemoraram a execução dos planos de ataque de dois grupos de investigadores. Desde a criação, em 2009, o TPS apresenta esse viés colaborativo. “O sucesso dos investigadores é certamente o nosso sucesso, porque faz com que o sistema eleitoral possa ser aperfeiçoado”, destacou o coordenador de Sistemas Eleitorais da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do TSE, José de Melo Cruz.
A sexta edição do TPS, iniciada nesta segunda-feira (22) e com término previsto para esta sexta (26) – com possibilidade de prorrogação, em caso de necessidade –, vem sendo acompanhada por representantes da Comissão de Transparência das Eleições, criada para ampliar a clareza e a segurança de todas as etapas de preparação e realização dos pleitos eleitorais. Além disso, o TPS 2021 vem recebendo a visita de representantes das Forças Armadas.
Segundo o secretário de TI do Tribunal, Julio Valente, o TPS é sempre uma oportunidade excepcional de colaboração da sociedade com a Justiça Eleitoral (JE). “Estamos muito satisfeitos com os resultados que estamos obtendo nesta edição. É um TPS que já bateu recorde de participação. Estamos vendo contribuições muito importantes. Acho que este é um dos eventos mais significativos dos últimos ciclos eleitorais”, afirmou.
O TPS, implantado pelo TSE com a finalidade de fortalecer a confiabilidade, a transparência e a segurança da captação e da apuração dos votos, vem permitindo melhorias no processo eleitoral. Por meio dos planos de ataque, o evento busca identificar vulnerabilidades e falhas relacionadas à violação da integridade ou do anonimato dos votos de uma eleição, para que sejam corrigidas a tempo da próxima eleição.
Estrutura
Durante o evento, os investigadores contam com uma ampla estrutura de apoio – computadores, urnas, impressoras, ferramentas e insumos –, montada em espaço exclusivo, com entrada controlada e monitoramento por câmeras, no 3º andar do edifício-sede da Corte Eleitoral, em Brasília. Tudo isso é para ajudar os participantes no desenvolvimento dos planos traçados, que vêm sendo acompanhados por técnicos da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE.
Fernanda Campagnucci, diretora-executiva da Open Knowledge Brasil e representante da Comissão de Transparência, que acompanha pela primeira vez um TPS, enfatizou que achou bastante interessante o grau de acesso que as equipes têm às informações. “Num ataque real, eles não teriam todas essas facilidades. Sinto um espírito colaborativo dos dois lados: técnicos interessados em encontrar problemas para implementar melhorias no sistema, e investigadores que querem que os planos tenham sucesso para ajudar nesse aprimoramento. É um processo também muito pedagógico”, destacou.
Uma vez identificada alguma inconformidade, ao final do TPS, é feito um relatório, de conhecimento público, e as equipes técnicas do TSE passam a trabalhar para analisar a possível fragilidade apresentada e buscar soluções. Posteriormente, as investigadoras e os investigadores envolvidos no plano de ataque são convocados novamente para testar a eficácia da solução corretiva adotada pelo TSE, no chamado Teste de Confirmação.
O resultado dos testes será divulgado em 15 de dezembro. Já o Teste de Confirmação ocorrerá a partir de 11 de maio do ano que vem, com a divulgação dos resultados no dia 30 de maio de 2022. Nesta quarta-feira (24), a partir das 9h, os investigadores voltam às respectivas bancadas, com ferramentas para dar continuidade aos ataques.
Mais informações no site do evento.
MM/LC, DM