TSE encerra ações que homenagearam as mulheres no mês de março
Iniciativa promoveu a reflexão sobre mais participação das mulheres na política, entre outros temas
Com o fim do mês de março, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encerra uma série de iniciativas especiais que promoveu para marcar o Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8. As ações foram destaque no Portal, nas redes sociais e nos canais de comunicação interna do Tribunal.
Igualdade, violência, liderança e gênero foram os temas das lives semanais do “Mulheres Debatem”. Transmitidas semanalmente no canal da Justiça Eleitoral no YouTube, os encontros abordaram temas relevantes, com a participação de personalidades femininas. Sempre com mediação da jornalista Petria Chaves e abertura do presidente do Tribunal, ministro Luís Roberto Barroso.
Confira matéria no canal do TSE no YouTube.
Participaram dos encontros organizados pela Comissão TSE Mulheres: a juíza federal Adriana Cruz; a cientista política Flávia Biroli; a cofundadora e vice-presidente do Instituto Maria da Penha, Regina Barbosa; a modelo, atriz e ativista Luiza Brunet; a deputada federal Joenia Wapichana; a vereadora Duda Salabert; a empresária Luiza Helena Trajano; a professora e psicóloga Jaqueline de Jesus, e a escritora e filósofa Djamila Ribeiro.
Na abertura do “Mulheres Debatem”, o ministro Barroso ressaltou que a Justiça Eleitoral continuará lutando para ampliar a inclusão feminina na vida pública e que combaterá, com veemência, a violência de gênero na política. “É preciso aumentar a participação feminina na esfera política em nome da igualdade de gênero e do interesse da sociedade. É esse equilíbrio, com características e virtudes masculinas e femininas, que faz o mundo ter a sua melhor versão”, destacou ele.
Nas últimas eleições, em 2020, foram eleitas 661 prefeitas (12,08%) contra 4.811 prefeitos (87,92%). Já para as câmaras municipais, foram 9.138 vereadoras eleitas (16,04%) contra 47.851 vereadores (83,96%).
Reflexão
"A Comissão ficou muito honrada pelo tempo dedicado pelas debatedoras e pelo ministro Barroso à ação e, também, àquelas que participaram da ação interna Cine Debate. Essas iniciativas, assim como todas as outras, despertaram reflexões incríveis sobre temas extremamente importantes. Ficamos muito felizes também pelo empenho das áreas do Tribunal que desenvolveram, em conjunto, as ações e pelo engajamento do público externo e interno nos chats das iniciativas", afirmou a assessora da Presidência e membro da Comissão Gestora de Política de Gênero, Julia Barcelos.
Cine Debate
O documentário “Chega de Fiu Fiu”, de Amanda Kamanchek Lemos e Fernanda Frazão, foi tema do Cine Debate deste mês, ação do TSE que, por meio de filmes, traz à luz temas relevantes para serem debatidos. O evento virtual contou com a participação de servidoras, colaboradoras e das debatedoras Thais Zschiechang, coordenadora do Coletivo Delibera Brasil, e Paula Bernadelli, integrante da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), além de Júlia. No filme, usando câmeras escondidas, três corajosas mulheres registram como o assédio sexual ainda é praticado em espaços públicos de grandes capitais, como São Paulo, Brasília e Salvador.
Luta coletiva
Histórias de servidoras e colaboradoras, com trajetórias interessantes e que ajudam a desenvolver a Justiça Eleitoral, foram divulgadas em matérias especiais no Portal do TSE. Em uma das publicações, a secretária-geral da Presidência do TSE, Aline Osorio, falou sobre dos desafios da liderança feminina. Para ela, além da luta interna, a mulher enfrenta barreiras externas com relação a quem está à sua volta. “Isso é, na verdade, uma luta de afirmação pela sua própria capacidade e competência. No entanto, não é preciso criar estereótipos de gênero para lidar com essa diversidade natural das formas de liderança”, disse.
Sobre o tema violência, a secretária de Gestão de Pessoas do TSE, Ana Cláudia Mendonça, lembrou que o Tribunal tem se empenhado para incluir entre os servidores e colaboradores a temática de enfrentamento da violência contra a mulher em todas as suas atividades. “Nesse assunto, não existe luta de mulher contra homem. O que há é uma luta coletiva da sociedade contra a violência feminina”, destacou.
Para Ana Karinne Siqueira, analista e coordenadora de Soluções Corporativas da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE, há 25 anos do Tribunal, “é pela postura e pelo conhecimento que a mulher ganha cada vez mais seu espaço”. Já a servidora Eliane Alves, da Secretaria de Gestão de Pessoas do TSE, reforçou que a meta deve ser sempre a igualdade. “Precisamos dar passos mais largos para a igualdade nos ambientes coletivos e, em especial, no local de trabalho, onde as pessoas passam boa parte do seu dia”, acrescentou.
MM/CM, DM