TRE do Mato Grosso mantém projeto de alfabetização para comunidade
SoleTRE oferece alfabetização solidária a jovens, adultos e idosos que não tiveram a oportunidade de aprender a ler e escrever
Nem mesmo a pandemia de Covid-19 foi capaz de interromper o projeto criado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) para alfabetizar cidadãos que não tiveram a oportunidade de aprender a ler e escrever. Trata-se do SoleTRE, criado em 2019 para oferecer alfabetização solidária a jovens, adultos e idosos.
Diante do distanciamento social imposto pelas medidas sanitárias, os professores gravaram os conteúdos das aulas em diversos vídeos que foram enviados aos alunos por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp. Foi criado um grupo exclusivamente para compartilhar informações entre mestres e aprendizes.
“A pandemia não impediu que as pessoas continuassem estendendo às mãos, ajudando o próximo”, ressalta o corregedor regional eleitoral de Mato Grosso, desembargador Sebastião Barbosa Farias.
Desde a criação, a iniciativa já beneficiou quase 100 pessoas, promovendo a inclusão social, despertando a cidadania e reduzindo o percentual de eleitores analfabetos.
No primeiro ano de atividade, 46 alunos concluíram o curso presencialmente em aulas ministradas por voluntários – servidores e magistrados – nas salas da Escola Judiciária Eleitoral (EJE-MT).
A segunda edição do projeto, em 2020, reuniu 55 alunos. As aulas presenciais foram interrompidas no dia 5 de março com o início da quarentena para conter a disseminação do coronavírus, mas o ensino continuou até o dia 10 de dezembro na modalidade virtual. “Uma iniciativa deste porte não pode parar diante das adversidades, ao contrário, precisa se reinventar”, enfatiza o corregedor.
Aprendizado
Já no início de 2021, as aulas on-line foram retomadas e terão continuidade até que os professores possam finalizar os trabalhos de forma presencial para sentir de perto o alcance do aprendizado. “Talvez os alunos não tenham evoluído como gostaríamos por conta da modalidade virtual, mas, de alguma forma, evoluíram, e isso já é uma grande conquista diante do cenário atual”, explica o coordenador jurídico da Corregedoria Regional Eleitoral (CRE), Carlos Luanga.
No final das contas, o mais importante é que o SoleTRE não parou e vai continuar ensinando centenas de pessoas a ler e escrever. “É gratificante saber que o SoleTRE está modificando a realidade de várias pessoas”, ressalta o presidente do TRE-MT, desembargador Gilberto Giraldelli, acrescentando que a promoção de iniciativas que contemplam o social e a cidadania devem ser adotadas por todas as instituições públicas, “independentemente de sua finalidade principal”.
Esse texto faz parte da série “Nós somos a Justiça Eleitoral”, que vai mostrar a todos os brasileiros quem são as pessoas que trabalham diariamente para oferecer o melhor serviço ao eleitor. A série será publicada durante todos os dias de fevereiro, mês em que se comemora o aniversário de 89 anos de criação da Justiça Eleitoral.
MC/CM, DM