Investigadores inscritos no TPS 2019 analisam códigos-fonte do sistema eletrônico de votação
Análise dos códigos é uma das fases do teste e oportunidade para conhecer os desenvolvedores das diversas partes do sistema
![Teste Pública de Segurança em 17.10.2019. Teste Pública de Segurança.](https://www.tse.jus.br/imagens/fotos/teste-publica-de-seguranca-em-17-10-2019/@@images/8bdd336e-770d-4190-ba6a-028561e70b3d.jpeg)
Dois investigadores da Polícia Federal inscritos no Teste Público de Segurança (TPS) 2019 do Sistema Eletrônico de Votação estiveram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na tarde desta quinta-feira (17) para analisar os códigos-fonte do sistema. Ivo Peixinho e Paulo Hermmann formam com Galileu Batista, que mora no Rio Grande do Norte, uma das equipes de investigadores que participarão do TPS, de 25 a 29 de novembro, na sede do Tribunal, em Brasília.
Ivo Peixinho participa das edições do TPS desde 2009. Para ele, é muito importante acompanhar as inovações que são implementadas no sistema eletrônico de votação a cada eleição, conforme a Tecnologia da Informação evolui com o tempo. “Temos uma preocupação de vir nesta etapa da checagem dos códigos-fonte, para termos a certeza de que as alterações que foram divulgadas foram efetivamente feitas e para compreendermos essa evolução”, explicou. Ele adiantou que o seu time já tem algumas ideias para o seu plano de ataque.
O gerente da Comissão Reguladora do TPS, Cristiano Peçanha, explicou que, nesta fase de pré-teste do TPS, os investigadores inscritos podem vir ao TSE para analisar os códigos-fonte e ter contato com as áreas responsáveis pelas diversas partes que compõem o sistema eletrônico de votação. Hoje, por exemplo, os investigadores da Polícia Federal puderam conversar com os responsáveis pelo desenvolvimento da urna eletrônica e do JE Connect, que é a solução que viabiliza a transmissão dos boletins de urna das seções eleitorais mais remotas até os locais de totalização de votos.
A sua expectativa é a de que o TPS 2019 traga ao TSE uma série de contribuições que tornem o sistema eletrônico de votação ainda mais confiável e seguro. “Estamos lidando com um pessoal muito capacitado, que pode perceber alguma falha ou possível ponto de ataque para, assim, podermos corrigir esse ponto”, observou.
Ele adiantou que, se o TPS indicar alguma vulnerabilidade no sistema, ela será corrigida e, em abril de 2020, os investigadores que a tiverem descoberto serão convocados ao TSE para refazer seus testes a fim de comprovar que a falha foi sanada.
Histórico
Esta é a quinta edição do TPS, realizado desde 2009 pela Justiça Eleitoral, com o objetivo de identificar vulnerabilidades relacionadas à violação da integridade ou do anonimato dos votos de uma eleição. O teste fortalece a confiabilidade, a transparência e a segurança da captação e da apuração dos votos, além de propiciar melhorias constantes no processo eleitoral.
Primeiro em todo o mundo a fazer esse tipo de teste, o TSE abre os sistemas eleitorais para que investigadores tentem quebrar as barreiras de segurança do processo de votação. Ao abrir os sistemas para inspeção e para testes diversos, a Justiça Eleitoral busca o aprimoramento dos mecanismos de segurança do software e do hardware, contando com a visão e com a experiência de outros órgãos públicos, de estudiosos e dos cidadãos em geral.
Acesse a página do TPS na internet.
RG/LC, DM