TSE apresenta o sistema de votação brasileiro a embaixadores europeus
Presidente da Corte, ministro Luiz Fux, destacou a importância da troca de informações entre os países
Na manhã desta quinta-feira (28), 22 embaixadores de países da União Europeia se reuniram na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, para conhecer de perto o sistema de votação brasileiro.
O presidente da Corte, ministro Luiz Fux, apresentou aos diplomatas um panorama geral sobre o papel da Justiça Eleitoral como órgão do Estado responsável pela organização das eleições e garantidor das boas condições de todo o processo eleitoral e da democracia.
Fux destacou que a presença dos embaixadores nesse encontro representou a importância da interação e da troca de informações em um mundo globalizado.
O assessor-chefe de Assuntos Internacionais do TSE, Ciro Leal, informou que o encontro atendeu a um pedido dos próprios embaixadores, considerando o momento que o Brasil vive, de renovação da democracia, com as eleições que serão realizadas em outubro.
Este ano, os eleitores brasileiros vão escolher, além do novo presidente da República, os governadores de estado e os novos parlamentares integrantes do Congresso Nacional, além de deputados estaduais e distritais.
“A ideia foi atender a um pedido deles para que o TSE pudesse explicar basicamente como vão ocorrer as eleições e também sobre o funcionamento do sistema eleitoral brasileiro”, disse o assessor, lembrando que há um grande interesse internacional sobre a urna eletrônica. “É claro que nós sabemos que o sistema eletrônico de votação brasileiro foi concebido para ser aplicado à nossa realidade, mas estamos sempre abertos a prestar cooperação e dialogar sobre a possibilidade de implantação em outros países”, afirmou.
Em nome da delegação visitante, o português João Gomes Cravinho, embaixador da União Europeia no Brasil, contou que a ideia surgiu durante uma das reuniões mensais do grupo.“Há um grande interesse em conhecer a forma como o TSE está trabalhando e preparando estas eleições. Em todos os países, as eleições ocorrem de forma diferente. Então, enquanto diplomatas, para nós é muito importante conhecer os mecanismos de organização, a logística, os desafios, as dificuldades, e as soluções que têm sido encontradas”, explicou.
Cravinho ressaltou ainda o interesse dos diplomatas em conhecer os mecanismos de votação eletrônica, sobretudo a logística, num país de dimensões continentais como o Brasil. “Os desafios relacionados com as particularidades do Brasil, a geografia e também a utilização de tecnologia para fazer progredir e facilitar a democracia”, pontuou o embaixador, ao lembrar que a tecnologia cria, cada vez mais, soluções novas, facilitando a vida dos cidadãos e dos eleitores. Portanto, é interessante aprender como as tecnologias estão sendo utilizadas para garantir eleições seguras.
“Tudo aquilo que nós pudermos aprender com o Brasil será sempre muito positivo”, enfatizou.
Além das apresentações sobre a logística para organização das eleições, os embaixadores também conheceram de perto a urna eletrônica e puderam tirar dúvidas com o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, que apresentou uma palestra sobre o tema.
CM/LR, DM