Seminário Internacional: educação digital e conteúdo de qualidade ajudam a coibir notícias falsas

Opinião foi manifestada por especialistas estrangeiros durante o debate de abertura do evento, que acontece hoje (21) na sede do TSE, em Brasília

Christphe Leclercq durante Seminário Internacional Fake News

Especialistas falaram, na manhã desta quinta-feira (21), sobre a experiência de combate às notícias falsas em países europeus durante o Seminário Internacional Fake News: Experiências e Desafios. O evento é organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em parceria com a União Europeia.

O diretor-geral da DG Connect, Roberto Viola, afirmou que a desinformação é um fenômeno novo que faz parte da vida nas mídias sociais. Por essa razão, enfatizou a necessidade de fortalecer os grupos de fact-checking para identificar tentativas sistemáticas de distorcer a verdade.

Ele participou do seminário por meio de um vídeo gravado para falar sobre sua experiência com o tema. Ele está à frente da organização que é responsável pela política da União Europeia em matéria de mercado único digital, segurança da Internet e ciência e inovação digital.

Viola afirmou que as notícias falsas são disseminadas com maior velocidade que as notícias verdadeiras. Por essa razão, argumentou, é preciso investir na educação da população. “É algo tão novo que as novas gerações ainda não sabem tratar com a mídia de forma mais crítica”, disse ele, ao afirmar que o desafio é ensinar os professores a entender o mundo digital.

O especialista defendeu que esse tipo de debate precisa fazer parte do sistema educacional, uma vez que é necessário aprender a ter uma visão crítica na Internet assim como aprendemos a ter em relação aos livros de história.

Censura e notícias falsas

Durante sua apresentação, o francês Christophe Leclercq (foto acima) defendeu que é possível evitar a censura na veiculação de informações, diluindo as fake news com conteúdo de qualidade. Crítico do intervencionismo do Estado em questões relativas à liberdade de informação, ele afirmou que a mídia precisa buscar aproximação com os diversos segmentos da sociedade e também com o setor público, para firmar parcerias nesse sentido. 

Leclercq é integrante de um grupo da União Europeia que estuda o impacto das fake news. Ele também é fundador da EURACTIV, uma plataforma de mídia on-line especializada em política.

Para o francês, os caminhos legais são, às vezes, questionáveis se levarem à censura, por exemplo. A melhor solução, disse ele, é a corregulação. Essa última difere da autorregulação, opção segundo a qual se diz apenas “faça a coisa certa e seja visto de maneira positiva”. No entendimento do especialista, corregulação significa estabelecer alguns objetivos de autorregulação e implementação de algumas medidas. “Se os objetivos não forem alcançados, aí sim haverá uma regulação de cima para baixo em casos individuais”, explicou.

Leclercq e Viola falaram logo após a palestra magna proferida pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Fux, na abertura do evento. Promovido pelo Tribunal em parceria com a União Europeia, o seminário ocorre durante toda essa quinta-feira no Auditório I do edifício-sede do Tribunal, em Brasília.

Acompanhe aqui a transmissão do evento ao vivo pelo YouTube e por streaming nas redes sociais da Justiça Eleitoral (Facebook e Twitter).  

 

CM/DM

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