TPS 2017: observadores internacionais comentam o segundo dia de testes
Representantes são da Argentina, México, Zâmbia e da Organização dos Estados Americanos
Nesta quarta-feira (29), aconteceu o segundo dia do Teste Público de Segurança (TPS) do Sistema Eletrônico de Votação. E, pela primeira vez, quatro observadores internacionais acompanham os testes. Eles são da Argentina, México, Zâmbia e da Organização dos Estados Americanos (OEA).
A presença de observadores internacionais no TPS 2017 reforça ainda mais a total transparência com que o evento é realizado pelo TSE. Esse acompanhamento possibilita também que os observadores tomem contato com as ações que envolvem o contínuo aperfeiçoamento do sistema pela Justiça Eleitoral.
Para Alberto Cavalcante, coordenador da Comissão Reguladora do TPS, embora o evento tenha várias restrições de segurança para preservar a integridade e o sigilo das informações, é aberto para que o público observe todo o processo.
“É um momento interessante, pois mostra como a Justiça Eleitoral é transparente. Essa visibilidade assegura que os interessados possam acompanhar o trabalho dos investigadores. Isso aproxima a Justiça Eleitoral não só do cidadão brasileiro, mas também de participantes de outros países que vêm acompanhar o processo”, diz.
Para ele, a presença de observadores internacionais durante a realização do TPS permite a troca de experiência entre os países. “Eles vão conferir de perto como é o nosso processo eleitoral e poderão compartilhar essa visão. Além disso, possibilita ainda mais a divulgação do nosso trabalho, que já tem um grande reconhecimento internacional”, avalia o coordenador do TPS.
Observadores
Representando o Instituto Nacional Eleitoral do México, o subdiretor de Segurança de Informática, Cesar Sanabria, avalia que esse é um processo que traz confiança aos eleitores. “Essa experiência que o Brasil tem há mais de 20 anos é o que faz melhorar, cada vez mais, o processo eleitoral do país. E o que ajuda a tornar o sistema de votação confiável é esse tipo de evento”, observa.
Na opinião do representante do Ministério de Governo da Argentina, o gerente político eleitoral do governo argentino, Javier Tejerizo, a experiência do Brasil com a urna eletrônica nos interessa muito. “A participação da sociedade civil, os investigadores, essa abertura ao público ajudam na legitimidade do processo. Esse é o nosso principal interesse: ver como está acontecendo a preparação para as eleições de forma participativa e pública”, afirma.
TPS
O TPS 2017 conta com a participação de quatro investigadores individuais e mais três grupos, que estão tentando executar ataques aos componentes internos e externos do sistema eletrônico de votação, com a finalidade de identificar vulnerabilidades e falhas relacionadas à violação da integridade ou do sigilo do voto. O Teste Público ocorre em espaço exclusivo, com entrada controlada e ambiente monitorado por câmeras. Para o Teste Público, o TSE fornece aos investigadores acesso ao código-fonte, primeiro passo para “entrar” na tecnologia do sistema.
Esta é a quarta edição do Teste Público de Segurança, que é um dos eventos preparatórios para a realização das eleições. A primeira edição do TPS ocorreu em 2009, a segunda em 2012, e a terceira em 2016. Desde 2016, o TPS é parte obrigatória do ciclo de desenvolvimento dos sistemas eleitorais de votação, apuração, transmissão e recebimento de arquivos.
O evento termina nesta quinta-feira (30), às 18h. Na ocasião, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, e o Secretário de Tecnologia da Informação, Giuseppe Janino, concederão entrevista coletiva para divulgar um balanço parcial dos três dias do TPS.
Mais informações no hotsite do evento.
IC/LC, DM