As campanhas de esclarecimento produzidas pela Justiça Eleitoral com foco nas Eleições 2014 foram lembradas por quase três em cada quatro eleitores que responderam à pesquisa encomendada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à empresa Checon Pesquisa/Borghi acerca do pleito do ano passado. O levantamento ouviu quase dois mil eleitores de 18 a 60 anos em sete capitais, incluindo o Distrito Federal, de todas as regiões brasileiras e das classes sociais A, B, C e D.

Segundo a consulta, o índice de recordação das campanhas, tanto espontânea como estimulada, foi bem elevado, além de os entrevistados terem demonstrado muito boa “apreensão das mensagens”. Ao ouvirem a pergunta “recorda de alguma propaganda na TV sobre as Eleições de 2014?”, 74% dos respondentes disseram sim, 16% disseram não e o restante afirmou não saber ou preferiu não responder.

Diversos comerciais foram citados espontaneamente pelos entrevistados, com destaque para o vídeo “Venda de voto” – que alertou os eleitores sobre as consequências de vender o seu voto, comparando a escolha de um mau candidato à de um cacho de bananas podres – e o “Vem pra urna” – protagonizado pelo cantor e compositor Carlinhos Brown e que teve como objetivo convocar a população a exercer sua cidadania por meio do voto.

Com relação à propaganda da “Venda de voto”, a pesquisa constatou que a peça publicitária foi avaliada positivamente e elogiada pelos eleitores. Além disso, os entrevistados demonstraram “a assimilação da mensagem” – mesmo nos grupos onde seria esperada alguma dificuldade –, revelando que a Justiça Eleitoral acertou na abordagem dada ao tema.

Também foi notado “grande interesse” por parte dos entrevistados, que, inclusive, desferiram “elogios aos formatos adotados” nos filmetes, com destaque para a vertente cômica das propagandas, a qual “alcançou os resultados mais expressivos”.

Ainda de acordo com o levantamento, todos os filmes publicitários apresentados como estímulo (“Por trás do voto”, “Pense bem”, “Voto secreto” e “Portas”) foram “bem recebidos nos grupos focais, independentemente das faixas etárias ou das classes socioeconômicas, esclarecendo, informando e despertando interesse”.

Avaliação

O filme “Pense Bem”, que alertava o eleitor sobre a importância de votar consciente e em bons candidatos, foi o mais marcante e lembrado espontaneamente por boa parte dos participantes da pesquisa. Com o estímulo visual, mais de três em cada quatro pessoas responderam se lembrar da propaganda (77% disseram sim, 18% disseram não e o restante afirmou não saber ou preferiu não responder).

Além disso, a campanha foi avaliada de forma positiva pela maioria dos entrevistados. Com relação à “veracidade” das informações constantes do comercial, 76% deram notas 8, 9 ou 10. Considerando-se somente estas notas, o “interesse” despertado pela peça alcançou 64% dos respondentes. Já a “clareza” da mensagem foi avaliada com tais notas por 72%, assim como a avaliação geral do comercial.

O filme “Por trás do voto” – que mostrou o trabalho da Justiça Eleitoral antes, durante e depois das eleições –, com o estímulo visual, foi recordado por 53% dos respondentes e avaliado com notas 8, 9 ou 10 por 61% dos entrevistados.

Por sua vez, a pesquisa mostrou que o comercial “Voto secreto” – que ressaltou a importância de se preservar este direito dos eleitores, previsto constitucionalmente – foi lembrado por 68% dos entrevistados. Além disso, do total de respondentes, 61% deram notas 8, 9 ou 10 à peça.

Já o filme “Portas” – que abordou os mecanismos de segurança da urna eletrônica – foi recordado por 54% dos entrevistados, tendo recebido comentários favoráveis por parte dos participantes, que demonstraram ter entendido bem a mensagem, com destaque para o fato de o equipamento não estar conectado à internet. No que se refere à avaliação geral, 57% dos eleitores consultados deram notas 8, 9 ou 10 ao comercial.

A pesquisa

Disponível no Portal do TSE, a pesquisa traz dados quantitativos e qualitativos. Além de tratar das campanhas de esclarecimento ao eleitor, o levantamento aborda temas como o papel da Justiça Eleitoral, a percepção dos eleitores sobre crimes eleitorais, transparência do voto e o uso da biometria em centenas de municípios brasileiros.

Acesse aqui a íntegra da pesquisa.

LC/JP