José Afonso da Silva responde sobre eleição de suplentes e voto obrigatório no TSE

José Afonso da Silva responde sobre eleição de suplentes e voto obrigatório no TSE

José Afonso da Silva participa do Congresso em comemoração aos 10 anos da Escola Judiciária Elei...

“Todos nós já lemos ou iremos ler obras escritas pelo professor José Afonso da Silva”. Com essa frase, o secretário-geral da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), juiz Carlos Henrique Perpétuo Braga, destacou a importância da participação do jurista no Congresso Democracia Representativa e Cidadania, que começou na manhã desta quinta-feira (6), na sede do Tribunal, em Brasília-DF.

O constitucionalista José Afonso da Silva foi o primeiro conferencista do Congresso, aberto pela presidente do Tribunal, ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha. O tema da conferência foi "Democracia Representativa e Legitimação Governamental". Após a palestra, o professor respondeu a várias perguntas dos participantes.

Perguntas

Questionado sobre voto obrigatório, o jurista disse que esse tipo de votação ainda é importante no país. “Eu ainda acho conveniente porque ainda temos coronelismo no Brasil. Ao tornar o voto facultativo, poderia haver setores que desviariam o eleitor a não votar”. Além disso, destacou que não custa nada sair de casa um dia, ou dois, no caso de segundo turno, para contribuir com a democracia do país.

Ao responder sobre o que pensa acerca da compra de votos, o constitucionalista afirmou que a compra não é unilateral, pois alguém oferece algum benefício e o eleitor aceita em troca de votar neste candidato. Para o jurista, essa cultura vem de longe, desde o coronelismo, e fatores, como a melhoria de vida dos cidadãos, poderiam diminuir esta prática.

Quando perguntado se concorda com a eleição de suplente de senadores, mesmo estes não recebendo votos, o professor destacou que o vice- presidente da República, por exemplo, também não recebe votos e é legitimamente eleito. Ressaltou, ainda, que o eleitor, ao escolher o titular do cargo, deve se informar sobre os suplentes e vices, pois a chapa é única.

Sobre a Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar n° 135/2010), o professor enalteceu o fato de ela ter sido aprovada por meio de iniciativa popular, e que seria ótimo se não se precisasse desta lei, ou seja, se os candidatos não praticassem condutas reprováveis.

Congresso

O Congresso está sendo transmitido ao vivo pela internet. Acompanhe por este link ou pelo endereço http://www.tse.jus.br/institucional/memoria-e-cultura/transmissao-do-auditorio-1-online.

Nesta tarde, às 15h, os ministros aposentados do STF Ayres Britto, Sepúlveda Pertence e Nelson Jobim conduzirão um painel de discussão sobre "Processo Eleitoral e Democracia". O ministro Ricardo Lewandowski será o mediador.

Na sexta-feira (7), às 9h, o ministro Francisco Rezek, aposentado do Supremo Tribunal Federal e juiz da Corte Internacional de Justiça, em Haia, fará a conferência “O Brasil na virada do século: um modelo consolidado de gestão do processo eleitoral pela justiça”.  Às 17h, a ministra Rosa Weber, diretora da Escola Judiciária Eleitoral, fará a cerimônia de encerramento do Congresso.

GA

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