Mais três operadoras enviam informações ao TSE sobre telefones de supostos envolvidos em disparos de mensagens em massa

Informações foram solicitadas pela Corregedoria em ação que investiga empresas alegadamente contratadas para propagar mensagens via WhatsApp

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Nesta segunda-feira (28), a Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral (CGE) recebeu de mais três operadoras de telefonia as informações solicitadas pelo então corregedor-geral, ministro Jorge Mussi, sobre as linhas telefônicas de quatro empresas – e de seus sócios – alegadamente contratadas durante as Eleições de 2018 para disparar mensagens em massa pelo aplicativo WhatsApp.

O pedido foi feito no âmbito da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) nº 0601782-57, ajuizada pela coligação Brasil Soberano (PDT/Avante) contra Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão – eleitos presidente e vice-presidente da República no último pleito – e outras pessoas físicas. O processo estava sob relatoria do ministro Jorge Mussi e foi redistribuído ao ministro Og Fernandes, que agora ocupa o cargo de corregedor-geral da Justiça Eleitoral.

As operadoras Oi, Datora e Terapar, que ainda não haviam se pronunciado, responderam à solicitação feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tanto a Datora quanto a Terapar disseram não ter em seus cadastros linhas ativas sob a titularidade das instituições ou de seus sócios entre os dias 14 de agosto e 28 de outubro de 2018.

Na quarta passada (23), a CGE já havia recebido resposta das operadoras Vivo, Claro, Tim, Nextel, Sercomtel e Algar. A Nextel e a Sercomtel informaram à Corregedoria que não foram encontradas em seus cadastros linhas telefônicas em nome das empresas listadas ou de seus sócios. No processo, a unidade informou que a Porto Seguro, uma das empresas intimadas, encerrou as atividades no segmento e realizou a migração dos clientes para a operadora TIM.

Pedido

Na ação, a coligação autora relata que matérias veiculadas na imprensa em outubro de 2018 revelaram que empresas apoiadoras da campanha dos então candidatos Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão teriam encomendado à Quick Mobile Desenvolvimento e Serviços Ltda., à Yacows Desenvolvimento de Software, à Croc Services Soluções de Informática e à SMSMarket Soluções Inteligentes pacotes de disparos em massa de mensagens na ferramenta WhatsApp contra o Partido dos Trabalhadores (PT) e seus respectivos candidatos ao pleito presidencial naquele ano.

BA/JB, DM

Processo relacionado: Aije nº 0601782-57(PJe)

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23.10.2019 - TSE recebe informações de operadoras sobre telefones de pessoas supostamente envolvidas em disparos de mensagens em massa

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