Presidente do TSE defende a confiabilidade das urnas eletrônicas
Ministra Rosa Weber lembra que equipamento é auditável e permite controle social. Declaração foi dada em resposta a jornalistas
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, defendeu nesta terça-feira (18) a confiabilidade das urnas eletrônicas. Ela lembrou que o equipamento vem sendo utilizado há 22 anos sem que houvesse, em todo esse período, nenhum caso de fraude comprovado. “As pessoas são livres para expressar a própria opinião. Mas, quando essa opinião é desconectada da realidade, nós temos que buscar os dados da realidade. Para mim, as urnas são absolutamente confiáveis”, afirmou.
Rosa Weber, que também é ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestou-se sobre o assunto em resposta a questionamentos de jornalistas antes da sessão da Primeira Turma da Corte. Ela também ressaltou que o sistema eletrônico de votação utilizado pela Justiça Eleitoral é passível de checagem e monitoramento contínuos pela sociedade. “As urnas são auditáveis. O mais importante que todos nós temos de repisar e repisar é que elas são auditáveis”, destacou.
A lei eleitoral faculta aos partidos políticos e a diversas instituições a possibilidade de fiscalizar o sistema eletrônico de votação. No entanto, afirmou a ministra, os que têm essa prerrogativa não costumam comparecer aos eventos de auditagem promovidos pela Justiça Eleitoral. “Nós abrimos para possibilidade de auditagem de maneira geral. Ninguém vai lá para ver. Me parece que há uma confiança”, disse.
A presidente do TSE rememorou o pedido de auditoria dos sistemas eleitorais, incluindo a checagem da urna eletrônica, nas eleições presidenciais de 2014. A solicitação foi realizada pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). “Houve uma desconfiança. O partido que não saiu vencedor requereu e o TSE abriu todos os dados. Depois de um ano, constatou-se que de fato não havia nada”, afirmou.
Tecnologia brasileira
A urna eletrônica foi utilizada pela primeira vez nas eleições municipais de 1996. Na época, o primeiro pleito informatizado alcançou 32 milhões de brasileiros, equivalentes a um terço do eleitorado da época.
O Brasil foi pioneiro na utilização da tecnologia e na eliminação da interferência humana no processo eleitoral, da captação à totalização dos votos. A urna é uma criação genuinamente brasileira, desenvolvida pela Justiça Eleitoral, assim como os programas de processamento de votos.
As cinco últimas eleições presidenciais e seis municipais foram realizadas com a utilização do equipamento. Muito antes da realização do pleito, o TSE inicia o desenvolvimento do chamado “ecossistema da urna”, que é o conjunto de softwares que permite apoiar e automatizar as atividades e processos envolvendo a urna eletrônica, desde o tratamento das mídias até a apuração do resultado da seção, funcionando como uma unidade que interage em torno do equipamento.
RC/LR, DM
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